7 coisas que estão sendo feitas para combater a ferrugem do café

Em fevereiro, muitos agentes do mundo do café se reuniram na Guatemala para a Cumbre de Roya, a segunda cúpula para discutir a epidemia de ferrugem do café na América Central, que vem sendo devastadora para os produtores da região.

Por: CaféPoint

29/02/2016 – Em fevereiro, muitos agentes do mundo do café se reuniram na Guatemala para a Cumbre de Roya, a segunda cúpula para discutir a epidemia de ferrugem do café na América Central, que vem sendo devastadora para os produtores da região. Quase 400.000 empregos foram perdidos desde que a crise começou em 2012. A cúpula discutiu questões de amplo espectro sobre o alcance dos danos, bem como forneceu uma atualização sobre os esforços feitos por muitos para resolver o problema.


Logo após o surto ter chamado a atenção mundial, o WCR tomou ações rápidas em 2013 para organizar a primeira cúpula sobre ferrugem do café na América Central focada na epidemia dessa praga que começou em 2012. Em 2014, a WCR e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) estabeleceram uma parceria de US$ 5 milhões para financiar um programa para monitorar, controlar e prevenir a ferrugem na América Central. O projeto, liderado pelo WCR e pelo Programa Cooperativo Regional para o Desenvolvimento Tecnológico e Modernização da Cafeicultura (Promecafe), com contribuição do Centro Agronômico Tropical de Pesquisa e Ensino (CATIE), Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (CIRAD) e da indústria privada, fez progressos em várias frentes.


7 coisas que estamos fazendo para combater a ferrugem do café:


1. Estamos trabalhando ativamente para criar novas variedades de café arábica que são resistentes ou tolerantes à ferrugem, mas de maior qualidade do que a última geração de variedades resistentes à ferrugem (comumente conhecidas como Catimors a Sarchimors). Em 2015, completamos 50 cruzamentos híbridos experimentais e avaliaremos as plantas nos próximos cinco anos para sua resistência à ferrugem, qualidade de consumo e outras características. Usando tecnologia avançada, podemos trazer variedades bem sucedidas aos campos no período que os programas de melhoramento levam para divulgar novo material.


2. Em 2016, divulgaremos o primeiro catálogo regional de variedades de café para a América Central com informações atualizadas sobre as variedades, incluindo sua tolerância à ferrugem, para ajudar os produtores a tomar decisões mais informadas sobre quais variedades são melhores para seu estilo de produção, altitude e localização.


3. Em colaboração com a CATIE, estamos desenvolvendo um manual aos produtores que descreve as melhores práticas para manejo da ferrugem do café.


4. Iniciamos um projeto de três anos para fornecer aos produtores muito afetados pela ferrugem mudas de café resistentes em três cooperativas em Yepocapa, na Guatemala. As fazendas também serão locais de estudos socioeconômicos explorando os impactos das melhores variedades na rentabilidade das fazendas. O projeto é financiado pela Starbucks Foundation.


5. Estamos conduzindo um estudo para identificar organismos biológicos que podem proteger o café da ferrugem. Em 2015, uma expedição científica ao Quênia identificou um fungo que junto com lado do café arábica. O fungo está sendo estudado para sua capacidade de controlar a ferrugem do café na Universidade de Viçosa, no Brasil.


6. Em parceria com o CIRAD e com o CATIE, estamos conduzindo um experimento para entender o efeito do tipo de sombra e do manejo agronômico na incidência de ferrugem.


7. Em parceria com o CATIE, estamos afinando os métodos para produzir de forma eficiente mudas de café resistentes à ferrugem através do uso de microestaquias. Isso servirá para reduzir os custos da próxima geração de híbridos F1 e permitir que viveiros menores propaguem os híbridos.


As informações são do World Coffee Research/ Tradução por Juliana Santin

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