Café arábica na Bolsa de Nova York voltaram a subir nesta segunda-feira (1º)
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram a subir nesta segunda-feira (1º), após recuar na sessão anterior – interrompendo a sequência de seis altas consecutivas. Ainda sem repercutir muito as questões fundamentais, o mercado registrou cobertura de posições vendidas durante a sessão. O dólar voltou a recuar hoje ante o real, o que também acaba dando suporte aos preços externos.
Os lotes com vencimento para março/16 encerraram o dia cotados a 117,75 cents/lb com valorização de 140 pontos, o maio/16 teve 119,85 cents/lb e 135 pontos. Já o contrato julho/16 teve 121,50 cents/lb e o setembro/16 encerrou a sessão cotado a 123,15 cents/lb, ambos com avanço de 125 pontos.
“Os preços respeitaram um importante suporte na sessão de hoje, US$ 1,15 por libra-peso. A próxima resistência está em US$ 1,20 para depois buscarmos US$ 1,23”, afirma o analista de mercado João Santaella.
O Rabobank, um dos principais bancos especializados em commodities do mundo, também estima os preços do arábica na casa de US$ 1,23/lb, após reduzir em mais de 7% a previsão feita em novembro do ano passado. ” Os fatores macroeconômicos recentes têm apenas uma vaga relação com os fundamentos do café”, pondera o banco em nota.
O dólar iniciou o mês de fevereiro em queda e acabou fechando abaixo de R$ 4, o menor nível de 2016. A sessão foi marcada por baixo volume de negócios e em meio a ações do Banco Central brasileiro para rolagem dos contratos de swap cambial, além de dados fracos sobre a economia chinesa e queda nos preços do petróleo. O dólar comercial recuou 1,62%, cotado a R$ 3,9591. A moeda estrangeira menos valorizada ante o real desencoraja as exportações, em contrapartida acaba dando suporte aos preços.
No aspecto fundamental, o mercado carece de novidades. No cinturão produtivo do Brasil, os relatos são de que as chuvas tem beneficiado o desenvolvimento das lavouras da safra 2016/17. Nesta segunda-feira, o tempo deve ser seco na maior parte das origens produtoras. No entanto, no decorrer da semana, a chuva retorna para boa parte das áreas produtoras, mas em baixos volumes.
Mercado interno
Os negócios com café nas praças de comercialização do Brasil voltaram a cair com a proximidade do carnaval, após um aquecimento nas vendas no fim da semana passada. “O setor produtivo como um todo já está em ritmo de folia e assim, nada deverá acontecer de forma notória”, afirma.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 551,00 e alta de 0,92%. A maior oscilação no dia foi registrada em Varginha (MG) com queda de 1,82% e saca cotada a R$ 540,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 553,00 a saca e queda de 0,91%. A maior variação no dia ocorreu em Varginha (MG) com recuo de 2,86% e R$ 510,00 a saca.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Franca (SP) com R$ 510,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com alta de 3,56% e saca cotada a R$ 495,00.
Na sexta-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 497,22 com queda de 0,70%.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam em baixa nesta segunda-feira. O contrato março/16 registrou US$ 1375,00 por tonelada com queda de US$ 7, o maio/16 teve US$ 1408,00 por tonelada com recuo de US$ 6. O vencimento julho/16 anotou US$ 1439,00 por tonelada com desvalorização de US$ 4.
Na sexta-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 397,50 com avanço de 0,01%.
Fonte: Notícias Agrícolas