Apesar de ter enfrentado chuvas irregulares e forte calor, cafeicultores da região mogiana estão otimistas

20 de novembro de 2015 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

20 nov 2015


Esta quinta-feira, dia 19, será marcada por fortes altas no café. Na Bolsa de Nova York, os contratos subiram quase 6%. No sul de Minas Gerais, a saca ficou R$ 15 mais cara. Tudo isso por causa do clima. As chuvas vêm colaborando para o desenvolvimento dos cafezais. Produtores na região mogiana de São Paulo aguardam produção maior nesta temporada.


O cafeicultor Julio Ragazzo criou uma planilha para anotar quando e quanto chove. Em setembro, foram 173 milímetros de chuva na lavoura de café. Em outubro, 159. Mais que o triplo do que choveu nesta mesma época do ano passado. A quantidade de água foi boa para a florada, mas o intervalo entre uma chuva e outra foi muito grande.


“Depois a gente teve um calor muito forte, num período de 40 dias sem chuva. Isso acabou influenciando nesta florada. Houve uma desfolha de ponteira. Com temperatura muito alta, houve ataque de bicho mineiro, que é estimulado por esse calor, essa falta de chuva”, diz Ragazzo.


O bicho mineiro são larvinhas bem pequenas que deixam as folhas manchadas e que podem aumentar a queda delas. A chuva intercalada por mais de um mês de seca também prejudicou os chumbinhos que vão se tornar os grãos de café.


Em alguns galhos, os tamanhos estão bem irregulares, com uns chumbinhos maiores que os outros. Mas, tirando um probleminha aqui, outro ali, as lavouras da região mogiana de São Paulo vão bem.


Os cafeicultores de Espírito Santo do Pinhal esperam que o clima colabore até o final do verão: com chuvas regulares e sem eventos extremos como o granizo. Assim, tudo indica que a região deve ter uma safra com boa produtividade.


“O ideal para a lavoura de café é que elas aconteçam de uma maneira mais distribuída. Ou seja, em vez de ter essa chuva de 80 milímetros de uma pancada só, que a chuva venha de uma maneira mais leve, mais branda em diversos dias”, diz Thiago Cavalheiro Barbosa, diretor do Departamento de Agricultura de Espírito Santo do Pinhal.


Na propriedade da família Ragazzo, a produção da safra de 2016 pode ser de até 50 sacas por hectare, mais que o dobro da última colheita, quando o cafezal sofreu com a estiagem.


Mesmo com as dificuldades, a família, que tem mais de um século de história no café, conseguiu produzir grãos que ganharam o terceiro lugar num concurso estadual. O café de boa qualidade foi vendido por R$ 2.500 a saca, cinco vezes mais que o preço médio de mercado.


Fonte: Canal Rural

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