FAEMG assina acordo para impulsionar cafés especiais

21 de outubro de 2015 | Sem comentários Cafés Especiais Produção

Da redação

O presidente do Sistema FAEMG, Roberto Simões, assinou nesta terça-feira (20/10) termo de cooperação com AMIS e Amipão para implementar ações de promoção da visibilidade e incentivo ao consumo dos cafés especiais junto ao trade mercadista e panificador. O acordo foi oficializado durante a solenidade de abertura do evento Superminas, no Expominas, em Belo Horizonte (MG).


Foto: Divulgação/  FAEMG

Roberto Simões destacou que a união entre as entidades trará importante fortalecimento ao segmento no mercado doméstico: “Temos hoje expressiva produção de grãos de altíssima qualidade e em grande quantidade em todo o nosso estado. Destaque para nossas quatro regiões mineiras com denominação de origem. Nossos cafés especiais são reconhecidos e valorizados mundo afora mas, infelizmente, ainda não conquistaram espaço merecido junto ao consumidor brasileiro. É de grande importância que hoje as redes supermercadista e panificadora possam se unir em fortalecimento ao trabalho da FAEMG e dos produtores rurais mineiros”.

O termo leva ainda as assinaturas do presidente do Conselho da AMIS (Associação Mineira de Supermercados), Alexandre Poni e do presidente da Amipão (Sindicato e Associação Mineira da Indústria da Panificação), José Batista de Oliveira.

Cafés Especiais
Segundo Roberto Simões, a qualidade do café vem da combinação de espécie e variedade, condições de solo, altitude, relevo e clima, e dos cuidados durante o cultivo, colheita, secagem, classificação, armazenamento e transporte: “Os cafés de excelência podem ser consagrados pela qualidade e raridade de sua produção e pela reputação de sua região de origem. Além disso, para ser considerado um café especial, o grão da amostra padrão poderá ter no máximo cinco defeitos, devendo ser livre de impurezas e, principalmente, obter no mínimo 80 pontos numa escala internacional de qualidade. Sobre todos estes aspectos, estão os atributos sensoriais, a qualidade da bebida, que precisa ser superior ao padrão. ”

A produção de cafés especiais no Brasil cresce entre 10% a 15% a cada ano. Atualmente, de acordo com a BSCA (Brazilian Specialty Coffee Association – Associação Brasileira de Cafés Especiais), cerca de 10% do café produzido no Brasil é especial, devendo chegar a mais de 4 milhões de sacas em 2015. Deste total, estima-se que 50% saia de lavouras mineiras. Das 20 milhões de sacas de café que serão consumidas este ano por brasileiros, estima-se que apenas um milhão é de cafés especiais.

Segundo dados da BSCA, a demanda pelos grãos especiais cresce em torno de 15% ao ano, principalmente no exterior, enquanto o crescimento do café commodity é de cerca de 2%. O valor de venda atual para alguns cafés diferenciados tem um sobrepreço que varia entre 30% e 40% a mais do que o café cultivado de modo convencional. Em alguns casos, pode ultrapassar a barreira dos 100%. Os principais mercados consumidores dos cafés especiais brasileiros são, na ordem, Japão, Estados Unidos e União Europeia, havendo crescimento muito grande por parte da Coréia do Sul e Austrália.

Superminas
O Sistema FAEMG participa ainda da Superminas com estande institucional. Segundo a analista de eventos do Senar Minas, Suzana Diniz, além de divulgar o trabalho da entidade, um dos objetivos da participação é promover a aproximação entre ex-alunos dos cursos do Senar (que já participam do Projeto Aproxima) e os compradores: “Reuniremos em nosso estande produtores que se capacitaram conosco, desenvolveram produtos de altíssima qualidade e precisam agora conquistar mais espaço no mercado”, entre eles o dos cafés especiais.

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