Em Minas Gerais, pesquisadores relatam o primeiro registro da cochonilha-vermelha-do-cafeeiro em lavouras

17/07/2015


Em Minas Gerais, pesquisadores relatam o primeiro registro da
cochonilha-vermelha-do-cafeeiro em lavouras. Inseto suga a seiva e pode ser
encontrado em botões florais, chumbinhos e brotações. Plantas podem registrar
queda dos chumbinhos e frutos. Produtores devem estar atentos e realizar o
monitoramento dos cafezais.



Pesquisadores da EPAMIG (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais)
descobriram o primeiro caso de cochonilha-vermelha-do-cafeeiro em lavouras de
café arábica em Minas Gerais. A presença do inseto não era registrada no Brasil
desde 1919, quando houve uma descoberta no estado de São Paulo. Neste ano a
espécie foi encontrada no município de João Pinheiro (MG).


Segundo o pesquisador Ernesto Prado, um dos responsáveis pelo trabalho, o
volume populacional da cochonilha encontrada na lavoura foi considerado baixo,
não havendo, portanto a necessidade da implementação de medidas de controle.


A praga atua sugando a seiva do café, podendo ser encontrada em botões
florais, chumbinhos e brotações, onde a cochonilha desenvolve uma produção de
teias. “Quando a praga está nos botões às plantas que são afetadas podem
apresentar queda de chumbinho e frutos, e o manejo só pode ser realizado nos
locais atacados”, explica o pesquisado.


Ao todo existem 15 espécies de cochonilhas-farinhentas associadas ao cafeeiro
no Brasil. A diferença básica entre a cochonilha-vermelha e outras espécies está
em seu tamanho e no volume da produção de teias, “mas o dano que elas podem
causar é simular, pois todas sugam a seiva e produzem uma melaço que deixam as
folhas pretas” afirma Prado.


No monitoramento, o pesquisador alerta que os produtores devem ficar atentos
à presença de insetos nas plantas, haja vista que a melaço atraí formigas –
especialmente as lava-pés e pretas – e estão muito relacionados a colônias de
cochonilhas.


Atualmente não há no mercado produtos químicos registrados para o combate do
inseto nos pés de café.
Por: Fernanda Custódio e Larissa
Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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