02/06/15
A forte queda nas importações em maio, pela menor atividade econômica e pela valorização do dólar ante o real, ajudou a balança comercial brasileira a obter superávit de US$$ 2,76 bilhões no mês passado. Foi o melhor resultado mensal desde agosto de 2012. Em maio de 2014, o superávit comercial foi de US$ 711 milhões. Ainda assim, a necessidade de importações de petróleo e derivados mantém a balança negativa no ano, com um déficit de US$ 2,3 bilhões de janeiro a maio.
Em maio, as exportações somaram US$ 16,76 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 14 bilhões. Já no ano, os embarques somam US$ 74,7 bilhões e as compras do exterior, US$ 77 bilhões.
Para o diretor de estatística e apoio à exportação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Herlon Brandão, o resultado positivo em maio era esperado e não foi ainda melhor por causa da queda nos preços das principais commodities exportadas pelo Brasil.
A balança em maio costuma ser reforçada pelos embarques mais fortes de produtos agrícolas, como a soja. “Já tivemos superávit de até US$ 4 bilhões para maio. O comportamento histórico do mês é haver superávit comercial”, afirmou Brandão. “Mas, apesar do aumento do volume vendido, há quedas expressivas no preço de produtos importantes, com o minério.”
No geral, houve aumento de 10% no volume vendido no mês passado e queda de 23,4% no preço, ante maio de 2014. Para soja e minério de ferro, por exemplo, houve recorde de embarques, mas maio registrou o menor preço para o mineral desde 2006. “Comparado a maio do ano passado, a queda no preço do minério de ferro foi de 60%”, destacou Brandão.
Já nas importações, no mês passado, houve queda tanto no volume, de 8,8%, quanto no preço, de 10,2%. Com isso, na comparação com maio de 2014, a média diária das compras do exterior caiu 26,6%. “A queda nas importações em 2015 reflete a situação econômica e cambial”, disse o diretor do MDIC.
Petróleo. Mesmo com o melhor desempenho comercial nos últimos três meses – com três superávits consecutivos -, a balança comercial acumulada no ano ainda é deficitária em US$ 2,3 bilhões. Para Brandão, o resultado está diretamente relacionado ao déficit na chamada “conta petróleo”, que acumula um saldo negativo de US$3,5 bilhões em 2015. “O déficit na conta petróleo faz com que o resultado global da balança continue negativo”, enfatizou. Ainda assim, o déficit é bem menor que o registrado nessa rubrica no mesmo período do ano passado, quando a diferença entre os valores comprados e vendidos de petróleo e derivados chegava a US$ 7,6 bilhões.
Questionados e a balança comercial brasileira vai fechar o ano no azul, Brandão disse esperar que o déficit comercial acumulado continue caindo ao longo do ano, mas que é preciso esperar os resultados dos próximos meses para se falar em superávit. “A redução do déficit comercial contribuiu positivamente para o resultado do PIB do primeiro trimestre de 2015”, concluiu Brandão.
02/06/15
A forte queda nas importações em maio, pela menor atividade econômica e pela valorização do dólar ante o real, ajudou a balança comercial brasileira a obter superávit de US$$ 2,76 bilhões no mês passado. Foi o melhor resultado mensal desde agosto de 2012. Em maio de 2014, o superávit comercial foi de US$ 711 milhões. Ainda assim, a necessidade de importações de petróleo e derivados mantém a balança negativa no ano, com um déficit de US$ 2,3 bilhões de janeiro a maio.
Em maio, as exportações somaram US$ 16,76 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 14 bilhões. Já no ano, os embarques somam US$ 74,7 bilhões e as compras do exterior, US$ 77 bilhões.
Para o diretor de estatística e apoio à exportação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Herlon Brandão, o resultado positivo em maio era esperado e não foi ainda melhor por causa da queda nos preços das principais commodities exportadas pelo Brasil.
A balança em maio costuma ser reforçada pelos embarques mais fortes de produtos agrícolas, como a soja. “Já tivemos superávit de até US$ 4 bilhões para maio. O comportamento histórico do mês é haver superávit comercial”, afirmou Brandão. “Mas, apesar do aumento do volume vendido, há quedas expressivas no preço de produtos importantes, com o minério.”
No geral, houve aumento de 10% no volume vendido no mês passado e queda de 23,4% no preço, ante maio de 2014. Para soja e minério de ferro, por exemplo, houve recorde de embarques, mas maio registrou o menor preço para o mineral desde 2006. “Comparado a maio do ano passado, a queda no preço do minério de ferro foi de 60%”, destacou Brandão.
Já nas importações, no mês passado, houve queda tanto no volume, de 8,8%, quanto no preço, de 10,2%. Com isso, na comparação com maio de 2014, a média diária das compras do exterior caiu 26,6%. “A queda nas importações em 2015 reflete a situação econômica e cambial”, disse o diretor do MDIC.
Petróleo. Mesmo com o melhor desempenho comercial nos últimos três meses – com três superávits consecutivos -, a balança comercial acumulada no ano ainda é deficitária em US$ 2,3 bilhões. Para Brandão, o resultado está diretamente relacionado ao déficit na chamada “conta petróleo”, que acumula um saldo negativo de US$3,5 bilhões em 2015. “O déficit na conta petróleo faz com que o resultado global da balança continue negativo”, enfatizou. Ainda assim, o déficit é bem menor que o registrado nessa rubrica no mesmo período do ano passado, quando a diferença entre os valores comprados e vendidos de petróleo e derivados chegava a US$ 7,6 bilhões.
Questionados e a balança comercial brasileira vai fechar o ano no azul, Brandão disse esperar que o déficit comercial acumulado continue caindo ao longo do ano, mas que é preciso esperar os resultados dos próximos meses para se falar em superávit. “A redução do déficit comercial contribuiu positivamente para o resultado do PIB do primeiro trimestre de 2015”, concluiu Brandão.