MG investirá R$ 5 mi em georreferenciamento de parque cafeeiro

Demanda dos produtores mineiros é antiga e a Universidade Federal de Lavras (Ufla) deve apresentar proposta de trabalho com outras instituições

Por: POR ESTADÃO CONTEÚDO

O governo de Minas Gerais investirá R$ 5 milhões para o georreferenciamento do parque cafeeiro do Estado, demanda antiga dos produtores mineiros. “O governador já assumiu publicamente esse compromisso e já nos cobrou resposta”, informou o secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), João Cruz Reis Filho, durante lançamento da Semana Internacional do Café 2015, nesta segunda-feira, (8/06), na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Sistema Faemg).


Segundo ele, a Universidade Federal de Lavras (Ufla) deve apresentar uma proposta de trabalho, aos moldes do que foi feito no passado, mas inserindo outras instituições, como o Instituto Federal do Sul de Minas, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). Já os recursos serão oriundos da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).


O secretário também comentou que o governo tem feito esforços para que a commodity tenha mais exposição no Brasil e no mundo. Ele citou o acordo firmado com a Associação 4C – Código Comum para a Comunidade Cafeeira, em meados do mês passado, onde os cafeicultores inseridos no programa estadual Certifica Minas Café (CMC) podem obter a licença 4C e vender seus produtos para a certificadora. “Foi uma forma de internacionalizar o CMC. Além disso, nós reduzimos o custo para certificar o café mineiro e vamos receber representantes da Nestlé na semana que vem para reforçar que é muito mais econômico – mas com qualidade – comprar café de Minas para suas fábricas do que importar de qualquer lugar do mundo”, declarou.


Para o presidente da Faemg, Roberto Simões, a iniciativa do governo no georreferenciamento é “muito oportuno”. “Não sabemos hoje de verdade quanto é nosso parque cafeeiro. Temos estimativas, indicações. O georreferenciamento vai nos resultar em uma previsão de safra muito mais eficiente, vai conduzir a políticas muito mais acertadas. Vamos ter uma radiografia na mão que nos permitirá planejar a cafeicultura”, declarou.


 Simões informou, ainda, que nos próximos dias 18 e 19 de junho acompanhará a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, em um evento em Miami (EUA), onde terão um encontro com os atuais controladores de uma das maiores redes de restaurante e cafeterias da América do Norte, Tim Hortons.


A rede foi comprada em dezembro do ano passado pela 3G Capital, dos empresários Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, fundadores da Ambev. “Os controladores nos avisaram que hoje apenas 30% do café consumido pela rede vem do Brasil. Nossos esforços são no sentido de reverter esse porcentual do Brasil nas compras da Tim Hortons. “Nós temos um grande problema: nós, brasileiros, somos péssimos vendedores e por isso o mundo não compra tanto o produto nacional. Mas estamos fazendo o esforço de promover melhor o café brasileiro no exterior”, ressaltou. Além de Minas, representantes do Espírito Santo, outro importante Estado produtor da commodity, estarão presente ao encontro.


 

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