Colômbia deve ter 57% da área cafeeira afetada pela mudança climática

Cerca de 57% da área cafeeira da Colômbia pode ser afetada pela mudança climática. De fato, já há indícios em algumas regiões e devem ser tomadas medidas para mitigar os efeitos, de acordo com as conclusões de um estudo do Programa de Pesquisa em Mudança Climática, Agricultura e Segurança Alimentar e do Centro Internacional de Agricultura Tropical (Ciat), que analisou a situação da variedade arábica, a mais importante na América Latina com uma participação de 70% do mercado.

Oriana Ovalle e Peter Läderach, que encabeçaram a pesquisa, disseram que hoje “os cafeicultores estão sentindo o efeito da mudança climática em suas plantações, já que asseguram que a época de intensidade das chuvas mudou, afetando as florações e, por fim, a produção. Alguns cafeicultores das zonas baixas notaram reduções em suas produções”.

O estudo, que toma como base a situação da mudança climática em 2050, sugere que haverá perdas se não forem tomadas medidas. “Um aumento de temperatura que afete o café dependerá das espécies, já que existem variedades que são especificas para regiões baixas e altas. Também são importantes as faixas de temperatura em que se desenvolve a planta porque podem afetar seu desenvolvimento”.

Pelo aquecimento, o café tende a subir 400 a 500 metros sobre sua faixa atual. “A área potencial, sem áreas protegidas que pode ser afetada é de 57% dividida em: altamente, 8% da área; média, 27%; e baixa, 24%. As demais áreas não têm mudanças ou têm condições climáticas que favorecem o desenvolvimento de café”.

Porém, a maior altitude não deveria ser impedimento para um café de qualidade. Muitas plantações de café de alta qualidade estão em regiões com grandes altitudes. Nessa área, os cafeicultores manejam bem seu cafezal, além das boas condições do local.

Entre as medidas, sugerem novas variedades como estratégia de adaptação para baixas altitudes, “que junto com boas práticas de manejo permitiriam ao cafeicultor amortizar o efeito da mudança climática”.

Não é o único. “As medidas de adaptação e mitigação têm que levar em consideração o objetivo e os recursos do produtor, como novas variedades, manejo da sombra, irrigação, manejo de resíduos da colheita, o sistema agroflorestal com café (sumidouros de carbono); junto com boas práticas do cafezal, como podas, regulações da sombra e manejo de pragas e doenças”.
Entre as medidas, sugerem novas variedades como estratégia de adaptação para baixas altitudes que “junto com boas práticas de manejo permitiria ao cafeicultor amortizar o efeito da mudança climática”.

Fonte: CaféPoint

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