ATAQUE DA BACTERIOSE MANCHA AUREOLADA (Pseudomonas seryngae pv garcae) SE
ESPALHA NAS LAVOURAS CAFEEIRAS. Preste atenção aos sintomas. Não coma gato por
lebre. J.B. Matiello e S.R. Almeida Engs. Agrs. MAPA/Procafé
A
bacteriose causada pela bactéria Pseudomonas seryngae é uma doença que causa
danos ao cafeeiro nas regiões mais frias, situadas mais ao sul do pais, nas
áreas cafeeiras dos Estados do Paraná e de São Paulo. Nos últimos anos,
entretanto, a mancha aureolada passou a se tornar grave, também, nas zonas
cafeeiras do Triangulo/Alto Paranaíba, Sul do Estado de Minas Gerais e
constatada também em área de altitude elevada na Zona da Mata de Minas.
Como os sintomas da doença podem ser confundidos com aqueles provocados
por outras doenças fungicas, como Phoma/Ascochyta e Colletotrichum, tem-se
observado alguns casos em que foi orientado o uso de produtos de forma
incorreta, como se diz no popular, trocando gato por lebre O ataque da Mancha
Aureolada normalmente começa em nov/dez, com a entrada de frentes frias, com
ventos e umidade. Ela é observada no campo também em maio/julho, no período mais
frio. A bacteriose é problemática em viveiros e em plantações jovens, sem
proteção contra ventos. A condição de exposição a ventos é marcante na
ocorrência, visto que a doença sempre ocorre nas partes mais altas do terreno,
não estando presente nas áreas de cafeeiros situadas em grotas, protegidas.
Maior ocorrência tem sido verificada em cafeeiros de variedades de porte baixo,
parecendo que, em especial, as variedades Topázio e Ouro Verde, ambas tendo
origem o híbrido 5010 (M. Novo x Catuai), são mais susceptíveis a Pseudomonas.
Aliás, já foi relatada a existência de um diferencial significativo na
ocorrência de mancha aureolada em materiais genéticos de café, sendo comum
observar diversos níveis de ataque no viveiro, variando de um canteiro ao outro,
simplesmente em função da variedade das mudas. Em uma área foi evidente o
diferencial entre o Acaiá, sem ataque, e o Topázio, este muito atacado por
Pseudomonas.
Os sintomas típicos da bacteriose são as manchas escuras
com halo amarelado ao redor e, especialmente, transparência na parte interna
desse halo, principalmente em folhas novas que deve ser observado olhando a
folha contra a luz. Ocorre, ainda, a queima e morte dos ramos, tanto os laterais
como o ponteiro de cafeeiros jovens.
Os técnicos e produtores precisam
prestar atenção à bacteriose, sempre examinando com cuidado e, quando em dúvida,
levar o material a um especialista, visando obter a identificação correta e não
confundir com a sintomatologia causada por outras doenças, como Phoma/Ascochyta
(passível de confundir principalmente em mudas) e Colletotrichum. Com isso
devendo-se chegar às medidas de controle adequadas à verdadeira origem do
problema de ataque.
Para o controle, nas áreas problema, o ideal é a
instalação de quebra-ventos temporários, com renques de milho, guandu etc. Na
presença da doença, ainda em pequena escala, aplicou-se, com sucesso, uma poda
sanitária, cortando a ramagem atacada e seca, queimando-a.
O controle
químico é feito usando pulverizações com caldas contendo produtos à base de
cobre ou mais dithane, em mistura com superfosfato simples (pelo flúor
bactericida), podendo-se agregar antibióticos e a Kasugamicina. Quando for
observada associação com ataque de fungos (Phoma/Ascochyta e Colletotrichum),
que é comum, pode-se associar fungicidas específicos nas pulverizações.
Comentários
LUÍS AMÉRICO PASETO comentou em: 29/05/2015 11:10
BACTERIOSE
QUANDO DO USO DE FONTES DE COBRE OU CUPROZEB (MISTURA PRONTA) PODEM ADICIONAR UM CLORO ESTABILIZADO 7% PARA COMPLETAR ASSEPSSIA. TRABALHOS NO CERRADO MOSTRAM QUE A ASSOCIAÇÃO DE CANTUS + 1 LT / HA DE DUO (BACTERICIDA BIOLÓGICO) OU DUO (2 LITROS / HA) SOZINHO PODEM AJUDAR NO CONTROLE DO COMPLEXO DE DOENÇAS. RECENTEMENTE O PRODUTO KASUMIN TEVE SEU USO LIBERADO PARA LAVOURAS EM PRODUÇÃO. (CERTIFICADAS)
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