Publicado em 26/05/2015
Em Patrocínio (MG), produtores avançam com a colheita do café arábica, mas
previsão de chuvas em junho é uma preocupação. Se confirmada, situação poderá
afetar os trabalhos nos campos e ocasionar perdas na qualidade do grão. Nesta
safra, perdas devem ficar entre 10% a 12% devido ao clima irregular registrado
em janeiro. Preços estão ao redor de R$ 430,00 a saca na região.
Em Patrocínio, MG, a colheita do café arábica segue avançando, porém, a
previsão climática para os próximos meses é de chuva, uma preocupação para os
cafeicultores quanto à qualidade do grão. Para Osmar Pereira Junior, presidente
do sindicato rural, as perdas na produtividade nessa safra devem ficar em torno
de 10% a 12%.
“Iniciamos nossa safra há dez dias, porém temerosos
pelas previsões com maior indicativo de chuvas em meados de junho e julho. O
clima agora segue estável, está seco e a região está sendo privilegiada, mas as
precipitações são uma preocupação para a qualidade do café, porque não pode
ficar molhado”.
Diante desse cenário, a estratégia usada pelos
cafeicultores da região é a colheita seletiva. “Seguramos as colhedeiras mais de
uma vez nas lavouras, onde fazemos de tudo para não deixar esse café ir para o
chão. Esse processo de colheita seletiva, já começou em Patrocínio. Algumas
regiões onde choveu um pouco menos, o café já está maduro e estamos fazendo de
tudo para não perder o grão”, explica o presidente.
Outra solução
para o cafeicultor da região são os contratos futuros. “Isso gera estabilidade
ao produtor rural. Aqui já vemos contratos para as safras de 2016 e 2017 e, com
isso, temos mais segurança para arcar com os compromissos”, relata
Pereira.
Atualmente, os preços estão sendo praticados ao redor dos
R$ 430,00 a saca do café. O presidente explica que o valor está abaixo do custo
de produção. “Tivemos um aumento de mais de 40% na energia, aumento no óleo
diesel, e também na mão de obra. Por enquanto, esse preço ainda é suportável, a
tendência apesar do clima adverso esse ano é de uma safra melhor”, conta.
Por: Fernanda Custódio//Nandra Bites