Santos deixa de movimentar 500 mil contêineres sem dragagem

Folha de S. Paulo
09/04/15


A falta de obras constantes para manter o calado (profundidade do canal) do porto de Santos não permitiu que pelo menos 500 mil contêineres fossem embarcados em 2014, segundo a ABTP (que representa o setor).


O volume corresponde a 20% do movimentado no ano passado no terminal, que é o mais importante do país.


Uma audiência pública coordenada pela Secretaria de Portos ocorre nesta quinta-feira (9), em São Paulo, para discutir um novo modelo de concessão de dragagens.


“Por causa da morosidade no atual processo de licitação, o serviço pode demorar cinco anos para ser contratado”, afirma Wilen Manteli, presidente da associação.


“Os portos precisam ter dragagem permanente, não para remediar o assoreamento.”


O presidente do porto de Paranaguá, Luiz Henrique Dividino, porém, afirma que o terminal paranaense passa por manutenção de profundidade anual e não encontra obstáculos com as licitações.


“O tema é importante para o funcionamento dos portos. Estamos curiosos para saber se o novo modelo trará mais celeridade aos terminais que precisam, com tarifas que não onerem os usuários.”


Hoje, os serviços são custeados com as taxas cobradas das embarcações. A concessão funcionaria como uma espécie de “pedágio”.

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