Valor Econômico
11/02/15
A Santos Brasil, líder na operação de terminais de contêineres de uso público, acredita num cenário de estabilidade nos próximos meses. Sofrendo forte concorrência no porto de Santos, o Tecon Santos, seu principal terminal, perdeu mais de 20 pontos percentuais do mercado no porto desde 2013.
A carga foi absorvida por outros terminais, após o rearranjo que os armadores promoveram de suas linhas de navegação com a entrada da Embraport e da Brasil Terminal Portuário (BTP). Segundo o diretor econômico e financeiro e de relações com investidores da Santos Brasil, Washington Kato, não há indicativo de que ocorrerá algo diferente nos próximos seis meses. “A última mudança ocorreu em agosto. O serviço [de navegação] na rota do Extremo Oriente deixou de atracar no Tecon Santos, mas o do Golfo do México retornou. O ambiente competitivo aponta para a estabilidade”, afirmou ontem a analistas ao falar sobre o balanço do quarto trimestre.
A movimentação nos três terminais portuários (Tecon Santos, Tecon Imbituba e Tecon Vila do Conde) caiu 18,2%, para 218.989 contêineres. Apesar do substancial crescimento percentual dos dois últimos terminais, a queda nos volumes do Tecon Santos puxou o resultado para baixo.
A movimentação de contêineres na unidade caiu 21,7% no trimestre. Consequentemente, o market share do terminal no cais santista ficou em 32,1%. No mesmo período de 2013 era de 43,5% e fechou 2013 em 52,3%.
Com o novo cenário, o Tecon Santos teve reduzida a participação no negócio de terminais portuários da holding: movimentou 92,4% do volume total no trimestre e 92,7% do acumulado no ano, ante 96,8% e 97% nos mesmos períodos do exercício anterior. Também as unidades de logística e o terminal de veículos tiveram queda operacional no trimestre, recuando 22,3% e 34,9%, respectivamente.
O lucro líquido do grupo caiu 77% no trimestre, para R$ 18,1 milhões. No ano, retraiu 64,1%, encerrando em R$ 91,5 milhões.
O desempenho operacional – também impactado pelo baixo crescimento do comércio exterior, que deve se repetir neste ano – reduziu em 61,8% o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) no trimestre. O Ebitda consolidado do período foi de R$ 49,1 milhões com margem de 23,1%, ante margem Ebitda de 36,3% no mesmo trimestre de 2013. A queda da margem foi atribuída à redução do volume de contêineres movimentados e à piora do mix de serviços prestados, com crescimento das operações de transbordo, que pagam menos que os contêineres de importação e exportação.
“Muitos investidores perguntavam se 30% seria o fundo para a margem Ebitda da Santos Brasil. Nossa principal conclusão depois de olhar o resultado do quarto trimestre é que [o fundo] ainda não foi alcançado”, avaliou a Brasil Plural em relatório.
Valor Econômico
11/02/15
A Santos Brasil, líder na operação de terminais de contêineres de uso público, acredita num cenário de estabilidade nos próximos meses. Sofrendo forte concorrência no porto de Santos, o Tecon Santos, seu principal terminal, perdeu mais de 20 pontos percentuais do mercado no porto desde 2013.
A carga foi absorvida por outros terminais, após o rearranjo que os armadores promoveram de suas linhas de navegação com a entrada da Embraport e da Brasil Terminal Portuário (BTP). Segundo o diretor econômico e financeiro e de relações com investidores da Santos Brasil, Washington Kato, não há indicativo de que ocorrerá algo diferente nos próximos seis meses. “A última mudança ocorreu em agosto. O serviço [de navegação] na rota do Extremo Oriente deixou de atracar no Tecon Santos, mas o do Golfo do México retornou. O ambiente competitivo aponta para a estabilidade”, afirmou ontem a analistas ao falar sobre o balanço do quarto trimestre.
A movimentação nos três terminais portuários (Tecon Santos, Tecon Imbituba e Tecon Vila do Conde) caiu 18,2%, para 218.989 contêineres. Apesar do substancial crescimento percentual dos dois últimos terminais, a queda nos volumes do Tecon Santos puxou o resultado para baixo.
A movimentação de contêineres na unidade caiu 21,7% no trimestre. Consequentemente, o market share do terminal no cais santista ficou em 32,1%. No mesmo período de 2013 era de 43,5% e fechou 2013 em 52,3%.
Com o novo cenário, o Tecon Santos teve reduzida a participação no negócio de terminais portuários da holding: movimentou 92,4% do volume total no trimestre e 92,7% do acumulado no ano, ante 96,8% e 97% nos mesmos períodos do exercício anterior. Também as unidades de logística e o terminal de veículos tiveram queda operacional no trimestre, recuando 22,3% e 34,9%, respectivamente.
O lucro líquido do grupo caiu 77% no trimestre, para R$ 18,1 milhões. No ano, retraiu 64,1%, encerrando em R$ 91,5 milhões.
O desempenho operacional – também impactado pelo baixo crescimento do comércio exterior, que deve se repetir neste ano – reduziu em 61,8% o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) no trimestre. O Ebitda consolidado do período foi de R$ 49,1 milhões com margem de 23,1%, ante margem Ebitda de 36,3% no mesmo trimestre de 2013. A queda da margem foi atribuída à redução do volume de contêineres movimentados e à piora do mix de serviços prestados, com crescimento das operações de transbordo, que pagam menos que os contêineres de importação e exportação.
“Muitos investidores perguntavam se 30% seria o fundo para a margem Ebitda da Santos Brasil. Nossa principal conclusão depois de olhar o resultado do quarto trimestre é que [o fundo] ainda não foi alcançado”, avaliou a Brasil Plural em relatório.