Sepetiba Tecon atinge seu primeiro lucro

Por: Valor Econômico

De São Paulo


O Sepetiba Tecon, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) registrou, no ano passado, o primeiro resultado positivo de seus seis anos de operação efetiva: R$ 6,3 milhões. As receitas com a movimentação de contêineres, que em 2004 eram inferiores àquelas de produtos siderúrgicos, chegaram a R$ 61 milhões, quase o dobro dos R$ 38 milhões gerados pela siderurgia.


Segundo o diretor superintendente do Sepetiba Tecon, Davi Cade, quase 80% das exportações da CSN saem pelo porto. A movimentação de contêineres cresceu 44%, chegando a 138 mil unidades, bem acima do crescimento consolidado do mercado brasileiro, de 16,8%. A estimativa da empresa é movimentar 184 mil contêineres neste ano, o que daria um crescimento de 33%, e um lucro de R$ 25 milhões.


O número de navios por mês começou com 42, em janeiro, e terminou com 60, em dezembro, resultando em uma média mensal de 51 navios. O pico foi em setembro, quando atingiu seu número recorde de 64 navios. Comparado com 2004, o volume de transbordo de cargas cresceu 90%, o que elevou de 20% para 27% a sua participação nos negócios do terminal. No primeiro trimestre deste ano, as cargas que passam de navios maiores para menores (e vice-versa) representaram 36% da movimentação total.


O principal item movimentado pelo Sepetiba Tecon é partes e peças para a indústria automobilística, principalmente para Peugeot-Citröen e Mitsubishi. Mas Cade comentou que o café começa a ser um dos mais promissores. Junto com o grupo Tristão, o terminal investiu R$ 3 milhões na construção de um armazém de 5 mil metros quadrados específico para café, que já está praticamente concluído. Cade disse que o café poderá passar a ser o primeiro em movimentação no terminal. O diretor comercial, Thomas Rittscher, explicou que Sepetiba é o porto mais próximo da região de Varginha, uma das maiores exportadoras de café do país.


O plano de investimentos totaliza R$ 51,2 milhões até 2007. Cerca de R$ 30 milhões serão usados para comprar equipamentos: dois ou quatro portêineres (guindaste fixo para movimentação de contêineres nos navios) e os dois primeiros transtêineres (guindaste para movimentação de contêineres no pátio). Outra parcela de R$ 11 milhões será destinada à compra de sete reach stackers (guindaste móvel) e 23 empilhadeiras. (PHS)

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