Dia de Campo marca início das atividades de pesquisa e transferência de tecnologia para o segmento
Mais de 350 pessoas entre agricultores, sindicalistas, membros de associações e de movimentos sociais, estudantes e pesquisadores participaram, no último dia 6, do Dia de Campo sobre Tecnologias para a Produção de Hortaliças Orgânicas, promovido pela Embrapa Hortaliças (DF).
O evento apresentou novas alternativas para a agricultura orgânica, levou mais informação ao agricultor e promoveu o estreitamento dos laços da Embrapa com os produtores rurais.
Atualmente no Distrito Federal, o segmento de orgânicos conta com 200 produtores certificados e ocupa mais de 852 hectares com a produção de frutas, hortaliças, café, cogumelo e aves. Segundo dados da Embrapa, a agricultura orgânica tem registrado um crescimento de 25% ao ano na capital.
“Esse crescimento é um reflexo das vantagens dos orgânicos, tanto em termos de produção, quanto de consumo. O mercado está cada vez mais exigente e a tendência é que esse setor cresça cada vez mais”, avalia Mariane Carvalho Vidal, pesquisadora da Embrapa Hortaliças.
Devido ao fortalecimento da agricultura orgânica, a demanda por informações tem aumentado drasticamente, daí a preocupação da Embrapa com essa expansão. “O cultivo orgânico existe no Brasil há tempos, porém, as pesquisas são recentes e nem sempre acompanham o crescimento da produção”, revela Mariane.
AvançosPara os pesquisadores, acompanhar esse ritmo é um desafio. Mas o esforço deles pode ser traduzido pelos avanços tecnológicos que trazem inúmeros benefícios aos agricultores. No dia 28 de março, por exemplo, foi inaugurado na Embrapa Hortaliças o Centro de Desenvolvimento da Agricultura Orgânica no Distrito Federal (CDT-ORG).
O objetivo é atender às demandas por geração e transferência de tecnologia para o setor, capacitação e treinamento de produtores, gerenciamento e comercialização para produtos orgânicos. Pretende-se, ainda, apoiar a implantação de um centro cooperativo de comercialização de produtos orgânicos.
Para Francisco Vilela Resende, que coordena o projeto, o centro vai fortalecer as pesquisas sobre compostagem e adubos verdes, avaliando cultivares das principais hortaliças produzidas organicamente, não só durante a produção, mas também, no pós-colheita.