CAFÉ: NY DEVE FICAR DE LADO ÀS VÉSPERAS DE FERIADO PROLONGADO

13 de fevereiro de 2015 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO

CAFÉ: NY DEVE FICAR DE LADO ÀS VÉSPERAS DE FERIADO PROLONGADO
 O mercado futuro de café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) recuperou ontem parte das perdas de quase 5% de terça-feira passada. Os contratos, no entanto, oscilam dentro de um intervalo entre 161 cents e 170 cents.


O pregão desta sexta-feira deve ficar esvaziado, por causa do fim de semana prolongado nos Estados Unidos, que celebram o feriado de Dia do Presidente na segunda-feira (16). No Brasil hoje é sexta-feira de carnaval e os negócios só devem ser retomados depois do meio-dia da Quarta-Feira de Cinzas (18). No Vietnã, maior produtor mundial de robusta, o Ano Novo Lunar (Tet) começa na quarta-feira da semana que vem e o feriado vai até 24 de fevereiro.


O câmbio tem influenciado o movimento dos futuros de café. “A situação da moeda (real desvalorizado em relação ao dólar) conduz o ritmo do mercado de café e açúcar”, informa o vice-presidente da Newedge, Michael McDougall. Ontem a moeda norte-americana perdia força em relação ao real, favorecendo uma alta do grão.


Além do câmbio, o clima nas regiões produtoras brasileiras causa apreensão. Analistas consideram que os estragos provocados pela falta de chuva já reduziram o potencial produtivo da safra 2015. Os grãos, cuja colheita deve começar entre abril e maio, tendem a ser menores por causa da falta de água. Outra parte dos analistas avalia, no entanto, que ao contrário do verão do ano passado, têm chovido nas áreas produtoras, mesmo que de forma irregular e abaixo da média.


Nesta semana, chuvas foram observadas nas regiões produtoras brasileiras, melhorando as condições hídricas no campo. Conforme previsão da Somar Meteorologia, entre a próxima segunda e sexta-feira (20), “as chuvas voltam a se organizar sobre todo o cinturão produtor de café, com volume máximo no sul de Minas Gerais”.


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimou ontem a safra 2015 em 43,9 milhões de sacas de 60 kg, uma redução de 2,7% em relação a 2014. A produção do café arábica deve alcançar 32,2 milhões de sacas, alta de 0,8% em relação a 2014, enquanto a produção do café robusta deve ser de 11,7 milhões de sacas, redução de 11,3% em relação ao ano passado.


O participante do mercado que não quiser entregar ou receber café físico na ICE tem até a próxima quinta-feira (19) para realizar a rolagem de posição do março para vencimentos seguintes, negociando spreads. Como segunda-feira será feriado, restam apenas mais dois pregões. Na quarta-feira, maio/15 já era o contrato mais líquido, totalizando 64.588 lotes em aberto. Março tinha em aberto 34.325 lotes, para um total geral de 173.648 lotes.


Pelos indicadores técnicos, o vencimento maio tem suporte a 161,80 cents. A resistência é de 170 cents e 175 cents.


Os futuros de arábica em Nova York trabalharam no terreno positivo na maior parte do pregão de ontem. Março/15 teve forte alta de 515 pontos (3,17%) e terminou a 167,45 cents por libra-peso. A máxima foi de 167,70 cents (mais 555 pontos). A mínima alcançou 162,15 cents (menos 15 pontos).


 O mercado físico de café evoluiu um pouco ontem, com a melhora nas cotações. No fim do dia, porém, compradores se afastaram do mercado, por causa da queda do dólar, informa corretor de Santos (SP). O comentário na praça de Santos é que café de boa qualidade, tipo 6, foi cotado a R$ 515 a saca. Pela manhã, a Casas Sendas teria adquirido café tipo 6, safra passada, a R$ 505 a saca. A empresa teria adquirido cerca de 2 mil sacas do produto.


Os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) informam que as cotações do arábica no mercado físico brasileiro subiram ontem. O indicador Cepea/Esalq do tipo 6, bebida dura, posto na capital paulista, fechou a R$ 482,45/saca de 60 kg, avanço de 1,57% em relação ao dia anterior. O dólar ficou em R$ 2,8310, desvalorização de 1,36%.


No mercado doméstico de robusta, o indicador Cepea/Esalq do tipo 6, peneira 13 acima, tem batido sucessivos recordes desde a última terça-feira, fechando ontem a R$ 309,25/saca de 60 kg, avanço de 1,09% em relação ao dia anterior. O indicador do robusta, tipo 7/8, bica corrida foi de R$ 296,45/sc, avanço de 0,68% na mesma comparação – ambos à vista e a retirar no Espírito Santo.



 

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