A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações da terça-feira com preços acentuadamente mais baixos. As cotações despencaram no dia diante de uma combinação de fatores baixistas, incluindo técnicos e fundamentais.
Depois das altas da semana passada, o mercado ficou à mercê de uma correção técnica, com realização de lucros, e isso foi visto fortemente no dia. As cotações na baixa romperam a importante linha psicológica e técnica de 160 centavos de dólar por libra-peso, e a bolsa fechou com os patamares mais baixos desde 18 de fevereiro de 2014. Foi ainda a maior perda em um dia desde 20 de novembro do ano passado.
Afora isso, indicações de chuvas benéficas no cinturão cafeeiro do Brasil e novidades da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) pressionaram NY. O presidente da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), Carlos Paulino, não confirmou os dados de uma notícia de uma agência internacional apontando redução na estimativa daCooxupé em 14% na safra de 2015. Segundo ele, isso não corresponde aos dados oficiais da instituição. Isso atenuou um pouco as preocupações do mercado.
A valorização do dólar contra o real no Brasil foi outro fator baixista.Isso traz ainda maior competitividade ao país nas exportações, que vêm muito sólidas neste começo de ano. O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) divulgou nesta segunda-feira o balanço das exportações de janeiro, apontando um volume embarcado pelo país no total de 2,969 milhões de sacas, com aumento de 6,8% contra janeiro de 2014.
Os contratos com entrega em março/2015 fecharam o dia a 159,40 centavos de dólar por libra-peso, com queda de 8,20 centavos, ou de 4,9%. Maio/2015 fechou a 162,25 cents, baixa de 8,15 centavos, ou de -4,8%.