Previsão de chuvas para os cinturões do café e da cana

27 de janeiro de 2015 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: Brasil Econômico

27/01/2015 
 
Segundo especialistas, precipitações devem melhorar em Minas Gerais e Espírito Santo


As chuvas previstas para as próximas duas semanas devem ajudar a aliviar o estresse hídrico nos cinturões de café, cana-de-açúcar e grãos do Brasil, que têm sofrido com o tempo seco e quente, disseram meteorologistas locais e dos Estados Unidos ontem. No entanto, os dois maiores Estados produtores de café do país, Minas Gerais e Espírito Santo, enfrentam grandes déficits hídricos à medida que aproxima o final de janeiro, normalmente o mês mais chuvoso do ano para o Sudeste, segundo o painel Reuters Weather Dashboard. Ainda assim, as principais regiões de café e cana de açúcar foram mais favorecidas pelas chuvas das últimas semanas do que em janeiro de 2014, quando uma seca muito mais intensa levou a uma forte redução de produtividades na safra passada.


Ao longo dos últimos 60 dias, o Espírito Santo acumulou 118 milímetros, enquanto o normal seria 494 milímetros, segundo o painel de meteorologia do terminal financeiro da Thomson Reuters. Minas Gerais, maior estado produtor de café do país, recebeu 215 milímetros de chuva nos últimos dois meses, enquanto a média é de 546 milímetros. O instituto de meteorologia Commodities Weather Group, dos Estados Unidos, disse que a metade do cinturão de café e um terço das áreas de cana-de-açúcar têm sofrido com a seca, mas espera que a umidade aumente em 11 a 15 dias. “Chuvas esparsas na próxima semana e chuvas mais generalizadas no início de fevereiro devem chegar a quase todas as áreas para reduzir qualquer estresse hídrico crescente”, disse o CWG em um relatório diário.


A massa de ar quente que permaneceu sobre as áreas de cultivo do Sudeste por quase três semanas começou a se dissipar cerca de uma semana atrás, permitindo que a entrada de frentes frias e a ocorrência de chuvas. Chuvas generalizadas e mais intensas têm sido raras, no entanto. O CWG disse que metade do cinturão do café e 35% das áreas de cana receberam entre 6 e 38 milímetros no fim de semana. A empresa prevê níveis semelhantes de precipitação durante os próximos cinco dias em 60%das áreas de café e 85% das áreas de cana. O tempo quente e seco ao longo de janeiro prejudicou a safra de soja 2014/15 do Brasil, disse a consultoria AgRural, que planeja cortar sua previsão para a safra, de 95 milhões de toneladas, em sua revisão fevereiro.


“Apesar da ocorrência de chuvas durante a semana, os volumes foram insuficientes para normalizar a umidade do solo em pontos do Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, e os prejuízos já começam a ser contabilizados”, disse AgRural, em um relatório publicado na noite de sexta-feira. Partes do norte de Mato Grosso receberam menos da metade do volume normal de chuvas em janeiro, disseram meteorologistas da Somar em um boletim nesta segunda-feira, em contraste às chuvas acima da média no Rio Grande do Sul. A colheita de soja foi concluída em 3% de todo o país, disse a AgRural, em linha com a mesma época do ano passado e com a média histórica de cinco anos. Reuters

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