Café em fase de granação do Sudeste sofre com falta de umidade

13 de janeiro de 2015 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

Canal Rural
Pryscilla Paiva

O mês de janeiro mais quente e seco tem trazido prejuízos aos produtores de parte do Centro-Oeste e do Sudeste do Brasil. Entre São Paulo e Minas Gerais, as culturas mais prejudicadas são a cana-de-açúcar, citrus e o café


Os cafeicultores já contabilizam prejuízos da estiagem registrada no ano passado. As chuvas de setembro provocaram uma florada no café que não se sustentou na maioria das lavouras do sul de Minas Gerais. Isto porque depois destas pancadas as chuvas cortaram e provocaram o abortamento dos grãos em várias fazendas.


A região agora vive situação parecida, dezembro foi um mês com chuvas dentro da média em várias áreas produtoras do Sudeste, mas janeiro está sendo diferente. Na cidade de Socorro, interior paulista, choveu 212 milímetros no mês de dezembro. Este volume ficou bem próximo da média climatológica da cidade que é de 225 milímetros. Já em janeiro, as chuvas somam apenas 27 milímetros dos 236 esperados, mostrando um desvio negativo de quase 90%. Produtores de café, como a Ellen Fontana, já estão preocupados com a safra.


– Choveu bem na semana do Natal, mas agora em 2015 meu pluviômetro só somou oito milímetros de chuva – explica.


O calor é outro fator preocupante já que faz com que qualquer chuva seja rapidamente evaporada do solo. Segundo Ellen, para fazer as adubações necessárias para a lavoura é preciso umidade e até agora dos quatro procedimentos que precisam ser feitos ela só conseguiu realizar um.


– O café está na fase de granação, a qual a cultura precisa de mais água. Estamos esperando estas pancadas – finaliza.


De acordo com a Somar Meteorologia, há previsão de pancadas em boa parte do Sudeste a partir do dia 19, mas os volumes diários são iguais ou inferiores aos 10 milímetros.


– Em fevereiro as chuvas tendem a ser mais regulares no Sudeste. No entanto, volumes superiores aos 30 milímetros em Socorro, por exemplo, só estão previstos a partir da segunda quinzena de março – a meteorologista Nadiara Pereira.


 


Fonte: CNC

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