Volcafe estima déficit global de café em 10 milhões de sacas em 2014/15
A suíça Volcafe, divisão de café da trading de commodities ED&F Man, estima que o déficit global de café irá subir para 10 milhões de sacas de 60 quilos
no atual nesta sexta-feira.
A trading elevou a sua previsão com uma safra menor do Vietnã, segundo produtor global depois do Brasil. No relatório anterior, em setembro, a Volcafe previa um déficit de 9 milhões de sacas.
A previsão ressalta a preocupação de que uma seca no cinturão produtor de arábica do Brasil reduziu drasticamente os estoques globais.
No início deste mês, a Organização Internacional do Café projetou um déficit de pelo menos 800 mil toneladas.
“A safra menor vietnamita e o estável crescimento da demanda
devem mudar o mercado de robusta para o maior déficit desde
05/06″, disse o relatório.
A Volcafe projetou a safra do Vietnã, maior produtor de ano comercial 2014/15, de acordo com relatório visto pela Reuters robusta do mundo, em 27,4 milhões de sacas de café em 2014/15, uma queda de 1,2 milhões de sacas ante sua previsão anterior e
abaixo de 30 milhões de sacas no ano anterior.
Isso traz previsão de déficit 2014/15 global de robusta da Volcafe a 3 milhões de sacas, a maior desde 2005/06, projetando os estoques iniciais do país em recordes de alta de quase 5 milhões de sacas.
A Volcafe estimou a safra brasileira de 2014/15 em 47 milhões de sacas de 60 quilos, estável ante a estimativa de setembro, segundo o relatório, apontando um déficit global de 6 milhões de sacas de arábica brasileiro.
“Este déficit de oferta é mitigado pelo grande excedente das duas temporadas anteriores de 11 milhões de sacas”, afirmou o relatório. “Um déficit menor de arábica brasileiro é em função da redução da demanda.”
A trading disse que ainda não era possível prever o tamanho da safra 2015 do Brasil, que está florescendo, “com qualquer grau de certeza razoável”.
A produção da Colômbia, maior produtor mundial de arábica lavado, foi estimada em 12 milhões de sacas em 2014/15, inalterada ante a estimativa anterior.
(Reportagem de Marcy Nicholson)
REUTERS