Café : Direção dos futuros depende de clima no Brasil

23 de setembro de 2014 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

22/09/2014


O clima em áreas produtoras do Brasil deve dar o tom ao mercado futuro de café arábica nesta semana na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). Na sexta-feira, as cotações romperam o suporte de 180 cents por libra-peso e caíram com força em meio à previsão de chuvas mais intensas do que o esperado para regiões de Minas Gerais e São Paulo.

Conforme corretor da Terra Investimentos, especulava-se na última sessão que as precipitações poderiam atingir até 50 mm durante o fim de semana nessas localidades. Hoje, a tendência é de que o mercado assimile as informações a respeito do clima no País: se as chuvas de fato tiverem sido benéficas para a florada dos cafezais, os preços devem esticar as perdas. Do contrário, podem voltar novamente para o terreno de 180 cents/lb.


Na última quinta-feira a Somar Meteorologia já havia destacado que “dois episódios” de chuvas devem ocorrer até a segunda quinzena de outubro, quando as precipitações tendem a se regularizar. Resta saber se o primeiro desses episódios, ocorrido justamente neste fim de semana, surpreendeu.


Com a movimentação do último pregão, o suporte inicial foi para 177,40 cents por libra-peso, de acordo com os gráficos. Na sequência, há um importante piso em 173,65 cents/lb.


O contrato com vencimento em dezembro/14 do arábica fechou sexta com baixa de 320 pontos (1,77%), a 178 cents por libra-peso. A máxima foi de 182,85 cents/lb (mais 165 pontos) e a mínima, de 176,40 cents/lb (menos 480 pontos). Na semana, acumulou desvalorização de 3,54% (menos 655 pontos).


Conforme o relatório da Comissão de Comércio de Futuros de Commodities (CFTC) com posicionamento de traders no mercado de café da ICE, divulgado na sexta-feira, os fundos estavam com saldo líquido comprado de 26.986 lotes no dia 16 de setembro, em comparação com 33.787 lotes no dia 9, considerando futuros e opções.


Já os fundos de índice elevaram o saldo líquido comprado no período, de 45.736 lotes para 46.294 lotes. Levando-se em conta apenas o mercado futuro, os fundos passaram de saldo líquido comprado de 50.352 lotes no dia 9 de setembro para 43.602 lotes no dia 16.


Na Bolsa de Londres (Euronext Liffe), o robusta para novembro registrou perda de US$ 21 (1,07%), terminando a US$ 1.940 por tonelada.


Fonte: Agência Estado 

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