Entre os destinos mais visitados por turistas estão a Rota do Café, no norte do Paraná, e o Museu do Café, em Santos
O Brasil é hoje o maior produtor e exportador de café, e o segundo maior consumidor do produto em todo o mundo. Do período colonial ao republicano, a produção de café marcou a história do País e as marcas desse processo estão em toda parte e geram um grande interesse, especialmente aos turistas.
Entre os destinos mais visitados estão a Rota do Café, no norte do Paraná, e o Museu do Café, em Santos (SP). Além de degustar cafés de diferentes tipos, os admiradores do produto podem conhecer um pouco mais desta história em visitas e roteiros turísticos elaborados especificamente para destacar a importância da bebida para o País.
A Rota do Café é um roteiro turístico que resgata a cultura cafeeira de uma região que prosperou graças ao “ouro verde” – como o grão era conhecido no século passado. O roteiro inclui visitas a fazendas históricas e produtivas, museus e memoriais.
A rota é composta por nove municípios, incluindo Londrina (PR), que já foi considerada a “capital mundial do café”. O consultor do Sebrae/PR, Sérgio Garcia, explica que o objetivo do projeto é oferecer experiências marcantes aos turistas. “Entre maio e agosto, os visitantes podem participar da colheita nas fazendas produtivas e “abanar” o café: o que consiste em peneirar separando os grãos das folhas e impurezas”, disse.
Para o ministro do Turismo, Vinicius Lages, a gastronomia brasileira ganha ainda mais importância quando atrelada à história, fortalecendo o potencial turístico que pode ser explorado. “A gastronomia foi um dos itens com melhor avaliação dos estrangeiros que estiveram no Brasil durante a Copa, com 93,2% de aprovação”, disse.
Museu do Café
O centro histórico de Santos, no litoral paulista, abriga o Museu do Café, onde o turista tem acesso a fotografias, objetos e documentos que mostram como a evolução da cafeicultura e o desenvolvimento do País estão intimamente ligados. O acervo permite ao visitante uma viagem ao passado, começando com a chegada das primeiras mudas da planta ao Brasil, passando pela mecanização das plantações e a chegada dos imigrantes japoneses e europeus para o trabalho nas lavouras.
Cerca de 20 mil pessoas visitam mensalmente o acervo, instalado no edifício da antiga Bolsa Oficial de Café, onde eram realizadas as negociações que determinavam as cotações diárias das sacas de café na época. Inaugurado em 1922, como parte das comemorações do centenário da independência do Brasil, o prédio se tornou um dos símbolos maiores da riqueza dos negócios do café e um dos cartões-postais mais conhecidos da cidade de Santos.
Após a visita ao museu, o visitante pode fazer uma pausa para o cafezinho na Cafeteria do Museu, que possui em seu cardápio diversas opções de bebidas que têm o café como principal ingrediente. Além disso, conta com grande variedade de grãos, produzidos em diferentes regiões do Brasil, à disposição dos visitantes para consumir na hora ou levar para casa.
De acordo com o estudo da Demanda Turística Internacional de 2012, do Ministério do Turismo, 10,6% dos estrangeiros que vieram ao País motivados por lazer tem a cultura brasileira como o principal interesse da viagem. Para a pasta, o turismo cultural valoriza os bens materiais e imateriais e registram a memória e identidade do País.
Serviço:
Rota do Café (PR): inclui 34 empreendimentos em nove municípios na região norte do Paraná. Para adquirir o pacote, o turista deve procurar uma das agências de turismo credenciadas: www.rotadocafe.tur.br. Entre 10 de novembro a 7 de dezembro, a região também receberá o 4º Festival de Gastronomia, Cultura e Lazer do Café – Fest Café, com diversos pratos doces e salgados elaborados com o grão.
Museu do Café (SP): localizado na rua XV de Novembro, 95, no Centro Histórico de Santos. Seu horário de funcionamento é de terça a sábado das 9h às 17h, e aos domingos entre 10h e 17h. Entre os meses de novembro e março, o Museu abre também às segundas-feiras, das 9h às 17h. Os ingressos para visitação custam R$ 5,00. Estudantes e pessoas acima de 60 anos pagam meia-entrada. A Cafeteria do Museu funciona de segunda a sábado, das 9h às 18h, e aos domingos entre 10h e 18h.