Café: tamanho da safra no Brasil volta a preocupar mercado em NY

O café arábica registra cotações em alta na manhã desta segunda-feira(16) na Bolsa de Mercadorias de Nova Iorque. Por volta das 11h30 (Brasília) os contratos com vencimento em julho/2014 operavam a 175,75 centavos de dólar por libra-peso, acréscimo de 205 pontos em relação ao fechamento anterior. Setembro/2014 trabalhava a 178,50 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 205 pontos e dezembro/2014 registrava alta de 195 pontos com negócios a 181,90 centavos de dólar por libra-peso. O receio em relação ao tamanho da safra no Brasil volta a preocupar os operadores após os primeiros números de colheita mostrando que o rendimento das lavouras não melhorou como se imaginava. O mercado vem se consolidando acima do 170 centavos de dólar por libra-peso e caminha rapidamente para retomar o patamar dos 180 centavos.


O mercado do café arábica encerrou a semana passada com saldo positivo de 160 pontos na Bolsa de Nova Iorque.  O analista de mercado Eduardo Carvalhaes explicou que a sexta-feira foi calma no mercado e que os cafeicultores continuam segurando a venda de seu café, à espera de preços melhores. “Muitos produtores ainda não aceitam as ofertas dadas pelos vendedores”.


Agência internacionais de notícias informam que o mercado está buscando um equilíbrio entre os US$ 1,70 e US$ 1,80 dólares. “O mercado deve continuar volátil e oscilar entre esses preços… Grandes altas ou baixas só poderão acontecer sob influência de novas previsões ou mudanças no clima que influenciem a produção, como geadas e chuvas”, afirmou Eduardo.


Quebra brusca de produção
A Comissão Nacional de Café da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) informou esta semana que a safra de café 2013/14 poderá ficar abaixo das 40 milhões de sacas, devido ao clima extremo. “O tempo frio nos meses de junho e julho pode agravar ainda mais a situação. Desta forma, a safra de 2015 poderá ficar entre 38,7 milhões e 43,6 milhões de sacas, volume próximo do previsto para este ano, mesmo sendo ano de bienalidade alta”.


A Confederação aponta para graves problemas na renda do cafeicultor e grandes quebras na produção. “Os problemas climáticos devem afetar fortemente a colheita de café este ano, comprometendo a renda do cafeicultor… A conta da estiagem ocorrida nas principais regiões produtoras do país aponta para perdas de 20% a 50% da produção”.


A trader sul-africana I&M Smith informou que o mercado está “completamente focado na safra do Brasil” e que o andamento das colheitas e o clima no país devem continuar influenciando os preços no mercado internacional.
 


Fonte: Noticias Agrícolas

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