10/06/2014 | Café
Café recua 4% em NY com diminuição de temores sobre Brasil Os futuros do café arábica registraram forte queda na Bolsa de Nova York e atingiram o menor nível em quase 16 semanas, com a diminuição dos temores relacionados à safra brasileira. O País, maior produtor mundial, foi castigado por uma seca rigorosa no começo do ano, mas ainda possui amplos estoques após colheitas volumosas em 2012 e 2013, disseram analistas ouvidos pela agência Dow Jones. Dados divulgados na sexta-feira mostraram que investidores reduziram consideravelmente suas apostas na alta das cotações.
Ontem, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil disse que o volume enviado ao exterior em maio foi 13,4% maior que o do mesmo mês do ano passado. Se as exportações mantiverem o ritmo atual, a commodity deve continuar sob pressão. O contrato para julho caiu 3,9%, a 165,35 centavos de dólar por libra-peso.
O suco de laranja subiu 0,6%, em antecipação à próxima estimativa do governo norteamericano para a safra da Flórida, que sai nesta quarta-feira. A previsão atual é de que a colheita do Estado seja a menor em 24 anos, e um novo corte pode impulsionar ainda mais os preços dos contratos.
Na Bolsa de Chicago, o milho recuou 1,7%, com a notícia de que a China suspendeu a importação de um subproduto da fabricação de etanol de milho que é usado em ração animal. Em 2013, a China absorveu 34% das exportações do produto. A possível queda de demanda, associada a uma safra recorde nos EUA, levou investidores a vender contratos do grão.
Fonte: Angelo Ikeda, O Estado de S. Paulo