CNC – Setor cafeeiro deve se atentar à expansão da produção vietnamita no Laos

– Setor cafeeiro deve se atentar à expansão da produção vietnamita no Laos, que pode afetar o equilíbrio futuro entre oferta e demanda.

SECRETARIA DE PRODUÇÃO E AGROENERGIA — Esta semana, mais curta em função do feriado de Páscoa, foi marcada pela posse da nova secretária de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Cleide Edvirges. Trata-se de uma profissional competente e comprometida com as funções que lhe são atribuídas, funcionária de carreira da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), onde exerceu o cargo de gerente financeira e administrativa e, anteriormente, foi superintendente regional em Minas Gerais.

Até a posse, a nova secretária atuava como chefe de gabinete do ex-ministro Antônio Andrade, oportunidade na qual observamos a excelente tramitação que possui em todas as esferas do Mapa e que teve um desempenho virtuoso em gestões junto à própria Conab. Com base nessa experiência, temos confiança no trabalho e na competência da nova secretária, o que nos permite recebê-la com entusiasmo, haja vista que assumiu a função por indicação do novo ministro Neri Geller, e crer que fará uma gestão profissional e pró-ativa à frente da Secretaria.

O CNC recorda e agradece, ainda, ao ex-secretário João Alberto Paixão Lages, que, ao longo de seu mandato junto ao ministro Antônio Andrade, teve gestão importante para as conquistas obtidas pelo setor cafeeiro, como a finalização das tratativas relacionadas ao reajuste do preço mínimo para o café, a busca de consenso para se chegar ao maior orçamento da história do Funcafé (R$ 3,16 bilhões) em 2013, a implantação dos Leilões de Opções Públicas, a prorrogação do vencimento das dívidas da cafeicultura e os trabalhos em prol da aprovação de princípios ativos substitutivos para o combate à broca-do-café após a proibição da comercialização do endosulfan.

MERCADO — Nesta semana mais curta, o mercado cafeeiro continuou a operar sob forte volatilidade, com tendência à desvalorização nos últimos três dias. Mesmo com a recente queda, os futuros do arábica acumulam valorização de 5% desde o início do mês e de aproximadamente 48% a contar do começo do ano.

Ontem, o vencimento julho (mais negociado) do contrato C da ICE Futures US encerrou a sessão a US$ 1,8885 por libra-peso, acumulando perdas de 1.470 pontos na semana. O clima mais chuvoso no Brasil – embora as precipitações sejam inócuas para a recuperação das perdas da safra 2014 e do comprometimento da produção em 2015 –, o forte movimento de realização de lucros iniciado na última sexta-feira e a valorização do dólar frente ao real foram os principais fatores que influenciaram o comportamento do mercado do café nos últimos três dias.

As posições futuras da variedade robusta negociadas na Liffe, em Londres, seguiram a tendência de Nova York, com o vencimento julho do contrato 409 encerrando a quarta-feira a US$ 2.082 por tonelada e acumulando desvalorização de US$ 60 no agregado da semana.

Os produtores vietnamitas estão apostando na valorização dos preços de suas exportações, conforme comunicado pela Associação de Café e Cacau do país (Vicofa) nesta semana. A projeção da entidade é que essas cotações subam para mais de US$ 2 mil por tonelada nos próximos meses devido à demanda mundial aquecida e às condições climáticas desfavoráveis nos principais fornecedores mundiais. Tais prognósticos, aliados às informações de agências internacionais sobre a expansão da produção vietnamita no Laos, demandam atenção e acompanhamento por parte do setor cafeeiro, já que podem afetar o futuro equilíbrio entre a oferta e a demanda mundiais.

No mercado doméstico brasileiro, a tendência também foi de queda nos preços, com limitação da liquidez. Os indicadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para os cafés arábica e conilon apresentaram desvalorização de 3,1% e 4%, respectivamente, encerrando a quarta-feira a R$ 444,12 e R$ 249,78 por saca.

O dólar comercial apresentou valorização de aproximadamente 1% ante o real nesta semana, encerrando a quarta-feira a R$ 2,2418. As oscilações do câmbio foram influenciadas, principalmente, pela tensão na Ucrânia, pelo desempenho da economia chinesa e pela sinalização de recuperação econômica nos Estados Unidos. 

Atenciosamente,

Silas Brasileiro
Presidente Executivo do CNC

Fonte: Assessoria de Comunicação do Conselho Nacional do Café (Paulo André Colucci Kawasaki)

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