EPAMIG DISTRIBUI DEZ MIL MUDAS DE CAFÉ CONILON EM LEOPOLDINA-MG


Pesquisadora orienta agricultores sobre plantio das mudas. Iniciativa prevê introdução de alternativa de renda para agricultores familiares da região 

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – EPAMIG, está incentivando produtores familiares de Leopoldina, na Zona da Mata, a introduzir o cultivo do café conilon nas propriedades. Este mês, dez mil mudas da espécie produzidas na Fazenda Experimental da EPAMIG começaram a ser distribuídas para plantio em cinco lavouras pré-selecionadas do município, contemplando as regiões do Assentamento da Associação Agrícola Ribeiro Junqueira, Caeté, Tebas e Palmeiras. O solo já está sendo preparado e os produtores orientados sobre adubação, plantio e manejo da lavoura.

No último dia 9, a primeira remessa de mudas foi entregue na propriedade do agricultor Nilson Anzolin Quiodini, na localidade de Caeté, com demonstração do preparo do solo para o plantio. A próxima distribuição está prevista para a semana do dia 22, na propriedade do agricultor Maurício Fonseca, em Tebas. A iniciativa é fruto de parceria da EPAMIG com a Emater-MG, Instituto Estadual de Florestas (IEF), Prefeitura de Leopoldina, Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural (Incaper), Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável e Cooperativa Agropecuária Região Leste de Minas Gerais (Coopleste).

Conforme relata a pesquisadora da EPAMIG, Waldênia de Melo Moura, que coordena a ação, o objetivo é introduzir o café conilon na região como alternativa à pecuária leiteira, hoje a única fonte de renda dos agricultores familiares. “O café conilon é mais resistente às altas temperaturas e, com o aquecimento global, tem sido apontado como principal alternativa de plantio em áreas onde o cultivo do café arábica é inadequado. Além de diversificar a atividade do agricultor, o conilon irá atender à demanda crescente do mercado de cafés solúveis e na utilização de “blends” com o café arábica”, explica Waldênia.

As dez mil mudas foram produzidas a partir de sementes doadas pelo Incaper vindas do Espírito Santo, maior produtor de café conilon do país. Com a instalação das lavouras, caberá aos agricultores realizarem todas as atividades previstas no projeto, como manejo, capina e adubação do solo. Os trabalhos serão supervisionados por técnicos da Emater-MG e pelos pesquisadores da EPAMIG, que utilizarão as unidades demonstrativas para dias de campo e treinamento de outros agricultores para transferência de tecnologia. A expectativa é de que a produção do café conilon comece em dois anos, ressalta Waldênia.

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