O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) fechou março com deflação de 0,23%, influenciado pela queda dos preços no atacado, especialmente dos produtos agrícolas. Em fevereiro, o índice calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) tinha registrado leve alta de 0,01%. O indicador, usado na correção de tarifas de energia e de boa parte dos aluguéis, soma 0,70% de alta no primeiro trimestre, 0,36% nos últimos 12 meses.
Neste mês, o Índice de Preços ao Atacado (IPA), que representa 60% do índice geral, teve queda de 0,48%. Em fevereiro, o IPA havia cedido 0,06%. Os produtos industriais subiram 0,16%, mas os produtos agrícolas, em compensação, declinaram 2,36%.
Dois dos três estágios de produção pesquisados pelo IPA registraram decréscimo de preços no período. A exceção ficou com os bens finais, que aumentaram 0,70% (ante decréscimo de 0,02% no mês anterior), influenciados por alimentos e combustíveis.
Os bens intermediários tiveram diminuição de 0,19% em março, depois de alta de 0,19% em fevereiro. As matérias-primas Brutas recuaram 2,64%, depois de queda de 0,64% em fevereiro. Esse movimento se explica pelo comportamento dos preços do milho, soja e café.
No varejo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do indicador, apresentou inflação de 0,22% em março, após avanço de 0,11% no mês passado. A maior contribuição veio do aumento de variação dos alimentos, cujo grupo passou de uma deflação de 0,51%, em fevereiro, para alta de 0,04% em março. Esse comportamento foi motivado principalmente pela menor queda de preços de hortaliças, legumes e carne bovina. A habitação também puxou o custo de vida, com alta de 0,21%. Houve aumento das tarifas de água e esgoto (1,30%) e de gás de bujão (1,49%).
O Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), que representa 10% do IGP-M, cresceu 0,23% em março. Em fevereiro, havia avançado 0,28%. Materiais e serviços tiveram alta de 0,15% e 0,52%, respectivamente.