11/04/2014 – Em função da forte estiagem ocorrida nos primeiros meses do ano, principalmente na região Sudeste, a Associação Brasileira das Indústrias de Café (Abic) – com base em dados da Companhia Nacional de Café (CNC) – estima quebra de 14,5% na próxima safra. Serão sete milhões de sacas que deixarão de ser produzidas e certamente movimentarão os preços do mercado.
“Já chegamos a US$ 2 por libra/peso nas negociações da Bolsa de Chicago, o dobro do preço vendido no início do ano”, destaca o diretor executivo da Abic, Nathan Herszkowick. Segundo ele, a produção está estimada entre 40 e 43 milhões de sacas, ante a primeira projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) que esperava cerca de 48 milhões de sacas.
A entidade acredita que, apesar da quebra, não há risco de desabastecimento para a demanda interna – que gira em torno de 21 milhões – nem para a exportação devido à soma da produção atual com os estoques existentes.
Com relação ao consumo, espera-se um aumento de 3% a 4%, mesmo com os preços em patamares altos. “A realidade é que o café ficou com um preço muito baixo quando avaliada a perspectiva histórica. De 1994 para cá, enquanto a cesta básica subiu 361%, o café variou 61%, ou seja, o aumento no preço do café não vai influenciar o orçamento doméstico”, explica o diretor.
O consultor de vendas da Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Pinhal (Coopinhal), Thiago Gomes Françoso, projeta prejuízos ainda maiores na cultura. “Vamos colher entre 20% e 30% menos do que a gente esperava porque na nossa região não choveu o suficiente. Acredito em uma margem de 250 mil sacas para a safra”, diz.
Fonte: DCI
10/04/2014
Nayara Figueiredo – DCI
SÃO PAULO – Em função da forte estiagem ocorrida nos primeiros meses do ano, principalmente na região Sudeste, a Associação Brasileira das Indústrias de Café (Abic) – com base em dados da Companhia Nacional de Café (CNC) – estima quebra de 14,5% na próxima safra. Serão sete milhões de sacas que deixarão de ser produzidas e certamente movimentarão os preços do mercado.
“Já chegamos a US$ 2 por libra/peso nas negociações da Bolsa de Chicago, o dobro do preço vendido no início do ano”, destaca o diretor executivo da Abic, Nathan Herszkowicz. Segundo ele, a produção está estimada entre 40 e 43 milhões de sacas, ante a primeira projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) que esperava cerca de 48 milhões de sacas.
A entidade acredita que, apesar da quebra, não há risco de desabastecimento para a demanda interna – que gira em torno de 21 milhões – nem para a exportação devido à soma da produção atual com os estoques existentes.
Com relação ao consumo, espera-se um aumento de 3% a 4%, mesmo com os preços em patamares altos. “A realidade é que o café ficou com um preço muito baixo quando avaliada a perspectiva histórica. De 1994 para cá, enquanto a cesta básica subiu 361%, o café variou 71%, ou seja, o aumento no preço do café não vai influenciar o orçamento doméstico”, explica o diretor.
O consultor de vendas da Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Pinhal (Coopinhal), Thiago Gomes Françoso, projeta prejuízos ainda maiores na cultura. “Vamos colher entre 20% e 30% menos do que a gente esperava porque na nossa região não choveu o suficiente. Acredito em uma margem de 250 mil sacas para a safra”, diz.