Sem definição do tamanho da safra, preços do café devem continuar voláteis em NY

31/03/2014

Disputa entre comprados e vendidos na Bolsa de Nova Iorque continua provocando volatilidade no mercado do café arábica. Especulações sobre o tamanho da safra brasileira e dos estoques de passagem também influenciam os preços.

Após encerrar a última semana com 945 pontos de alta, o mercado do café fechou em queda hoje na Bolsa de Nova Iorque. Segundo o analista de mercado Eduardo Carvalhaes, as notícias internacionais apontam para a previsão de chuvas como a principal causa da queda nas cotações, mas sem números concretos para a safra 2014/2015, o mercado deve permanecer volátil. “Na verdade é um braço de ferro entre comprados e vendidos em Nova Iorque… Uns tentam sustentar os preços e outros tentam derrubar. Nós vamos assistir isso por algum tempo ainda”.

Carvalhaes explica ainda que as chuvas já eram esperadas e, mesmo com as previsões para esta semana, elas ainda estão abaixo do volume ideal nas áreas produtoras. “As chuvas já vem caindo desde meados do mês de março e teriam que chegar mesmo, senão ia acabar o café do Brasil… Seria bom até que chovesse um pouco mais no momento, porque daqui a pouco começa o período de seca”.

Agrônomos continuam dizendo que é cedo para saber o que vai acontecer com a safra brasileira 2014, porém, segundo o analista, alguns operadores já começam a divulgar suas estimativas para o tamanho da safra. Os estoques de passagem do ano safra 2014/2015 para 2015/2016 também são observados pelos operadores. “Qual é o café que teremos em nossos armazéns no final de junho deste ano? É este café, junto com a nova safra, que o Brasil terá que contar para as exportações e consumo interno”.

Por fim, diante da perspectiva e uma safra brasileira menor e de estoques de passagem apertados, o cenário é de oferta reduzida de café no mercado, o que poderá sustentar os preços. “A situação é muito apertada para o ano safra que começa agora e para a próxima, de 2014/15… Se tudo correr bem, a situação é apertada. Se tivermos algum problema climático novo, ou de seca, ou de frio, o quadro complica ainda mais. Tudo isso deve pesar nas decisões entre comprados e vendidos na bolsa de Nova Iorque”.

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