Café sobe na Bolsa de NY com clima seco e risco de praga em MG

14/03/2014

Os futuros do café arábica fecharam em alta pela quarta vez em cinco sessões e alcançaram nova máxima em dois anos na Bolsa de Nova York. Além do clima seco no Brasil, que deve gerar perdas nas lavouras, o mercado foi influenciado pelo risco de um surto da praga conhecida como broca do café em Minas Gerais. Ontem, O Ministério da Agricultura declarou emergência fitossanitária no Estado por conta da ameaça. Segundo o ministério, a broca tem grande capacidade de proliferação, pode causar perda de produtividade e qualidade e há poucas alternativas eficientes disponíveis para seu controle. O contrato do arábica com vencimento em maio ganhou 0,3% e fechou a 205,95 centavos de dólar por libra-peso.

O algodão cedeu 0,6%, após dados mostrarem vendas fracas da fibra pelos Estados Unidos. De acordo com o Departamento de Agricultura do país, foram vendidas ao exterior 13 mil toneladas de algodão na semana passada. O volume foi 62% menor que o da semana anterior e também ficou 36% abaixo da média das últimas quatro semanas. As perdas, no entanto, foram limitadas por preocupações com os estoques domésticos restritos.

Na Bolsa de Chicago, o Milho fechou em queda de 0,7%. Agricultores norte-americanos que vinham segurando o produto desde a colheita, no ano passado, começaram a vender seus estoques para pagar pelo arrendamento de terras e comprar fertilizantes e sementes antes do plantio.

As vendas também têm como objetivo evitar prejuízos no armazenamento.

Fonte: Angelo Ikeda, O Estado de S. Paulo

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