Folha Técnica – Retirada da saia de cafeeiros arábica é contra-indicada
J.B. Matiello, Eng Agr Fundação Procafé
Volta e meia aparece uma nova moda no uso de práticas culturais na lavoura cafeeira. Agora, trata-se da retirada da saia, eliminando ramos laterais na parte baixa das plantas, que vem sendo indicada por alguns consultores, especialmente na zona de cafeicultura de montanha.
Estes recomendantes parecem se espelhar no que é feito em cafeeiros conillon, onde, também sem comprovação cientifica, é recomendada a retirada de todos os ramos laterais que produziram na safra anterior.
É preciso lembrar, no entanto, que o cafeeiro arábica, diferentemente do robusta, é conduzido, nos espaçamentos modernos, com pequenas distâncias na linha, com apenas uma haste ortotrópica por planta. Então, o cafeeiro se desenvolve de forma cilíndrica e toda a ramagem lateral, de baixo em cima da copa, é importante para a produção de frutos.
Alem disso, a retirada dos ramos da saia, feita manualmente, com uso de foice ou de roçadeira motorizada, exige gastos de mão-de-obra, e, ainda, facilita a entrada de luz junto ao tronco, o que promove a brotação de ramos ladrões, necessitando, assim, de novos gastos com desbrota. Outro problema é que a retirada da saia, deixando de sombrear o solo abaixo, facilita a germinação e a infestação de ervas junto à linha de cafeeiros.
Trabalhos de pesquisa mais antigos, onde se preconizava a retirada da saia para facilitar a colheita mecanizada, mostram que essa prática reduzia a produção dos cafeeiros. Também, muito antigamente, na época de nossos avós, era costume tirar a saia dos cafeeiros, para facilitar a rastelação dos cafés de varrição.
Mas, na atualidade, por tudo que foi aqui discutido, a manutenção da saia dos cafeeiros é desejável e sua reirada não é uma prática indicada.
Está sendo estudada, em ensaios, agora, a limpeza dos ramos baixos, sem condições de produzir, em lavouras adensadas, quando fechadas, para facilitar a colheita, de baixo para cima, com a derriçadeira motorizada.
J.B. Matiello, Eng Agr Fundação Procafé
Volta e meia aparece uma nova moda no uso de práticas culturais na lavoura cafeeira. Agora, trata-se da retirada da saia, eliminando ramos laterais na parte baixa das plantas, que vem sendo indicada por alguns consultores, especialmente na zona de cafeicultura de montanha.
Estes recomendantes parecem se espelhar no que é feito em cafeeiros conillon, onde, também sem comprovação cientifica, é recomendada a retirada de todos os ramos laterais que produziram na safra anterior.
É preciso lembrar, no entanto, que o cafeeiro arábica, diferentemente do robusta, é conduzido, nos espaçamentos modernos, com pequenas distâncias na linha, com apenas uma haste ortotrópica por planta. Então, o cafeeiro se desenvolve de forma cilíndrica e toda a ramagem lateral, de baixo em cima da copa, é importante para a produção de frutos.
Alem disso, a retirada dos ramos da saia, feita manualmente, com uso de foice ou de roçadeira motorizada, exige gastos de mão-de-obra, e, ainda, facilita a entrada de luz junto ao tronco, o que promove a brotação de ramos ladrões, necessitando, assim, de novos gastos com desbrota. Outro problema é que a retirada da saia, deixando de sombrear o solo abaixo, facilita a germinação e a infestação de ervas junto à linha de cafeeiros.
Trabalhos de pesquisa mais antigos, onde se preconizava a retirada da saia para facilitar a colheita mecanizada, mostram que essa prática reduzia a produção dos cafeeiros. Também, muito antigamente, na época de nossos avós, era costume tirar a saia dos cafeeiros, para facilitar a rastelação dos cafés de varrição.
Mas, na atualidade, por tudo que foi aqui discutido, a manutenção da saia dos cafeeiros é desejável e sua reirada não é uma prática indicada.
Está sendo estudada, em ensaios, agora, a limpeza dos ramos baixos, sem condições de produzir, em lavouras adensadas, quando fechadas, para facilitar a colheita, de baixo para cima, com a derriçadeira motorizada.