Expocaccer comemora Dia Internacional da Mulher com 1º Encontro das Mulheres do Café

Cooperadas e funcionárias tiveram momento dedicado à discussão de seus desafios e posicionamento no agronegócio café.

Na manhã do dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher, a Expocaccer realizou, pela primeira vez, um evento dedicado a seu público feminino. Com o título “1º Encontro Expocaccer das Mulheres do Café”, a cooperativa deu um importante passo para a integração deste público ao seu ambiente, bem como intenciona com este evento, promover ações direcionadas às cooperadas, as quais tiveram um aumento de seu número em 100% no quadro de associados entre 2008 a 2013.

O evento, que foi realizado dentro de um dos armazéns da Expocaccer, contou inicialmente com a palestra “Mulheres na Gestão do Agronegócio – Combinando feminilidades e competências”, a qual foi explanada pela professora universitária e doutora em Administração, Raquel Santos Soares Menezes. A palestrante, de forma simples e envolvente, explanou sobre as dificuldades enfrentadas pelas mulheres no mercado de trabalho, sobretudo no agronegócio, e sobre a necessidade que a mulher tem de cumprir seu papel com excelência, preservando as características intrínsecas à sua feminilidade, fazendo destas, seu grande diferencial. Raquel ainda abordou o crescimento e a diversidade dos papéis assumidos pelas mulheres no agronegócio café, destacando o trabalho conduzido pela IWCA – Aliança Internacional das Mulheres do Café, a qual tem valorizado e impulsionado o trabalho da mulher à frente dos negócios nesta cadeia. 

“Este evento foi, antes de tudo, uma sementinha que estamos plantando para pensarmos em uma inclusão maior das mulheres na cafeicultura. Não que elas não estejam, já estão, não só no café, mas em diversas atividades da cadeia. Ações como esta da Expocaccer promovem uma interação, uma troca de experiências muito válida, pois, tendo em vista que o agronegócio café é ainda muito masculino, isto encoraja as mulheres, desperta o interesse nelas. Ninguém se interessa por aquilo que não conhece, então é preciso ocasiões como estas para que possamos disseminar mais a participação das mulheres na cafeicultura e estimular que mais mulheres venham participar”, destaca a palestrante.

Em seguida, foi a vez de mais duas mulheres narrarem sua trajetória e seus desafios para as mais de 50 mulheres presentes no evento. A consultora técnica de campo do Educampo Café da Expocaccer relatou como venceu a desconfiança de um grupo de produtores, formado em sua maioria, por homens, ao coordenar as atividades de gestão de custos e como alcançou o sucesso em sua profissão juntamente com o sucesso do grupo na redução de custos. A cafeicultora e cooperada da Expocaccer, Érika Ruiz, também deu seu depoimento relatando a sua decisão de abandonar emprego e carreira em outra cidade para assumir, ao lado dos pais, a gestão da fazenda Nossa Senhora Aparecida, na região de Coromandel. Érika contou que seu maior desafio foi não conhecer nada de café na época e que hoje gerencia as atividades da fazenda colecionando conquistas como certificações internacionais e boas classificações em concursos de qualidade de café. Elisa e Érika, anteriormente, já haviam realizado esta apresentação na Semana Internacional do Café, em setembro do ano passado, a convite da IWCA, cuja apresentação foi motivadora para muitas participantes presentes em ambos os eventos. 

Foi esse o sentimento: motivação, que a cooperada Joyce Zani levou do evento. Ela que participou juntamente com sua irmã, Josyane, as quais administram as propriedades da família com a mãe, Ivanilde Zani, acredita que esta inciativa da Expocaccer foi extremamente válida e incentivadora para o seu negócio. “Saio bem satisfeita deste evento. Minha irmã e eu ficamos bem mais motivadas a nos dedicar mais ao nosso negócio, pois nos sentimos valorizadas, junto com as outras mulheres que estão realizando o mesmo trabalho. Foi importante para sentir que não somos excluídas, somos parte do grupo, e esse incentivo será levado para o nosso dia a dia. Às vezes ficamos desanimadas, pensando que a cultura do café não foi feita para mulher, pois é uma rotina diária muito dura, então esse momento hoje me deixa mais animada. Vou chegar em casa com vontade de programar melhor minhas planilhas, me sentindo mais focada em alavancar o negócio da família”, afirmou Joyce logo após o término do evento.

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