“Para completar, ontem (terça-feira, 25/02) pela manhã, recebi a visita indesejada da Polícia Ambiental, Ministério da Agricultura e Defesa Agropecuária, como forma de represália ao comentário feito por mim sobre as dificuldades enfrentadas para o controle da lagarta. Hoje mesmo estarei entrando com uma representação judicial, contra essa atitude arbitrária deste governo”, alertou Trevisan.
Ele revelou ao Portal Agrolink que, apesar de virar alvo de investigações, as entidades de extensão rural ainda não o procuraram. “Sequer depois do noticiado eu tive uma visita de representantes da Emater local. Será que existe Emater no nosso município? Pra que? Só para dar assistência aos pequenos produtores? Ou o meu imposto (que pago sobre minha produção, que não é pouca, e retorna aos cofres do prefeito), é diferente dos outros?”, desabafa.
O produtor conta que “foram usadas inicialmente doses de produtos recomendadas, e posteriormente foram dobradas. Sempre observando a qualidade de calda, a velocidade do vento, a umidade relativa do ar e a temperatura. Mais o MIP (Manejo Integrado de Pragas), esse já adotado a anos em minha propriedade, segundo orientação de meus professores e colegas de agronomia da UFSM”.
Perguntado sobre o que pediria às autoridades, ele fez novas e duras críticas: “Que a Dilma deixe de cantar vitória antes do tempo, fazendo politicagem em cima de nós. Se não fosse o agronegócio, estariam correndo pedir dinheiro ao FMI. Ao governador Tarso Genro, que não é assim que se governa o Estado do RS, feito de homens sérios, filhos em sua maioria de imigrantes alemães e Italianos. Deixa de andar de tanguinha nas praias gaúchas, arregace as mangas, e venha nos visitar, para ver de perto o que estamos enfrentando, se quiser ter seu cofre cheio nesta safra”. Trevisan afirmou ainda que não vê apoio dos deputados Paulo Pimenta e Jorge Pozzobon, assim como da Senadora Ana Amélia Lemos.