Ciente de que o Espírito Santo é o maior produtor de café conilon
do Brasil e segundo em produção do Brasil, assim que ficou sabendo da
situação, Marcus Magalhães, levantou a bandeira de que o ES não poderia
ficar ausente das discussões cafeeiras nacionais.
Após muita luta, conquistou a sensibilidade e o apoio do Sistema
OCB-SESCOOP/ES por meio de seu presidente, Esthério Sebastião Colnago,
para que essa ideia se transformasse em meta e em seguida, realização.
De acordo com Marcus, o apoio veio também de forma incondicional através
do superintendente da OCB/ES, Carlos André Santos de Oliveira, além do
apoio importante e pessoal do Senador Ricardo Ferraço e do Deputado
Federal Lelo Coimbra.
Sobre o Conselho Nacional do Café
O Conselho Nacional do Café é o maior e mais representativo fórum
de discussões cafeeiras do Brasil. Assim como outras atividades, a
cafeicultura necessita de políticas públicas, pela importância social
que possui devendo ser entendida e trabalhada dentro deste contexto. No
Conselho são discutidos os orçamentos e os pleitos como preço mínimo, as
políticas públicas para o cafeicultor e planos de apoio aos produtores,
além de ser o canal direto para se tratar com o Ministério da
Agricultura e Ministério da Industria e do Comércio.
A volta do Estado ao CNC
Como já foi dito, o ES ficou de fora nos últimos anos do CNC e por
conseguinte, não teve alguns de seus pleitos atendidos como deveriam,
ou seja, as dívidas dos cafeicultores de conilon não foram prorrogadas a
exemplo dos cafeicultores de arábica; nem o preço mínimo do conilon
teve o reajuste esperado pelo setor produtivo e os recursos do Funcafé,
entre outros, não tem sido liberados na época oportuna.
Esthério e Marcus afirmam que um pleitos que levarão à Brasília,
está relacionado a disponibilidade de recursos para a cafeicultura de
conilon, dentro da demanda do setor, sempre em sintonia, obviamente, com
a SEAG/ES, com o Incaper, o Cetcaf, o CCCV, as cooperativas, o
Sicoob/ES, a Faes, Fetaes e outras entidades do negócio café do nosso
Estado, além dos parlamentares. “O conilon começa a ser colhido mais
cedo que o arábica e assim, a liberação dos recursos do Funcafé para a
colheita, estocagem, pré-comercialização, dentre outros, tem que ser
atendidos na medida da necessidade do produtor e não depois da hora.
Pró-atividade das autoridades com relação as demandas cafeeiras tem que
ser o lema, o foco e o norte a ser seguido no negócio café”, afirmam.
Esses são os objetivos de Esthério e Marcus que irão fazer junto
as autoridades pertinentes em Brasília, tendo de agora em diante não só o
aval do CNC como também, todo o apoio possível para o acesso as pessoas
responsáveis pelo assunto. O discurso da dupla em Brasília foi em alto e
bom tom: “O Café é do Brasil e assim, não podemos ter duas políticas ou
duas atenções diferentes para a variedade dos cafés”.
Ainda segundo eles, a política setorial tem que ser macro para o
negócio café resguardando apenas as peculiaridades das espécies
envolvidas. E o retorno do ES ao cenário nacional do café se faz num
momento oportuno já que temos o CNC em um momento mais participativo,
com envolvimento das entidades de representação da cadeia do café,
participando de um planejamento estratégico que mudará a cafeicultura,
tornando-a mais profissional, com maior e mais efetiva participação.
Além disso, temos pela frente um ano político e de grandes mudanças de
conceito e assim, não poderíamos ficar ao largo deste processo. Assim a
interlocução do café agora ficará mais clara, transparente e com mais
representatividade, já que todos os estados produtores estão
representados.
Podemos concluir dizendo que com relação ao momento vivido, temos a
sensação do dever cumprido. A meta foi alcançada e com certeza iremos
juntos, OCB/ES e Marcus Magalhães, Governo, entidades parceiras,
produtores/cooperados, trilhar um novo caminho para o fortalecimento das
cooperativas capixabas neste imenso mundo cafeeiro.
Lembrando que o Café é a atividade que mais emprega, gera
recursos, socializa e distribui renda no interior e é lá que as coisas
acontecem. O café foi, é e sempre será importante para o desenvolvimento
da economia e da população do Espírito Santo e do Brasil.
Fonte: OCB/ES em 05/02/2014