Carine Ferreira Valor
Os estoques finais de café em 2013/14 são estimados para continuar a crescer em países produtores, particularmente no Brasil e Vietnã, enquanto nos países consumidores continuam relativamente “estáveis”. É o que apontou o relatório sobre a commodity divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no início da noite de sexta-feira.
Os estoques globais estão crescendo ao longo dos últimos anos como resultado da produção mundial maior que o consumo.
A produção global de café na safra 2013/14 é projetada para 150,5 milhões de sacas, 2,8 milhões de sacas abaixo na comparação com o ano anterior diante da colheita recorde no Vietnã compensada pelos declínios nas produções do Brasil, Indonésia, México e América Central.
A produção mundial de café em 2012/13 foi revisada a partir da estimativa de junho, em 2,6 milhões de sacas, para 153,3 milhões. E os estoques mundiais finais em 2012/13 aumentaram em 3,5 milhões de sacas, para 33,8 milhões.
Um modesto aumento nas exportações mundiais no atual ciclo (2013/14) é esperado com fortes embarques do Vietnã e da Colômbia.
A produção brasileira em 2013/14 é estimada pelo USDA em 53,1 milhões de sacas, três milhões de sacas a menos que na temporada anterior, principalmente devido ao ciclo bienal das lavouras de arábica, que alternam ano de boa produtividade com outro de menor rendimento.
Após três anos de expansão, a colheita de robusta é projetada para declinar 1,1 milhão de sacas, para 13,9 milhões de sacas com chuvas irregulares combinadas com temperaturas mais baixas no Espírito Santo, Estado onde se concentra a produção brasileira desta espécie de café.
As exportações do grão são estimadas em cerca de 27,5 milhões de sacas, enquanto os estoques finais devem aumentar pelo segundo ano consecutivo.
De acordo com o USDA, a produção no Vietnã é prevista para um recorde de 28,5 milhões de sacas, duas milhões de sacas a mais ante a temporada anterior em função da maior produtividade das lavouras diante de clima favorável, bem como pelo aumento de área cultivada.
A área plantada no país continua a se expandir e provavelmente está acima de 625 mil hectares, apesar de o governo ter meta de reduzir a área para 500 mil hectares até 2020.
As vendas externas de café do Vietnã deverão aumentar em 900 mil sacas, para 24,5 milhões, enquanto o estoque final quase dobrará, para 3,8 milhões de sacas. O consumo do produto também deverá continuar crescendo, conforme o USDA.
A América Central e o México, responsáveis por um quinto da produção mundial de café arábica, deverão registrar um decréscimo na produção de 1,4 milhão de sacas, para 16,9 milhões de sacas em virtude do menor rendimento das lavouras por causa da ferrugem, doença provocada por um fungo.
A colheita em Salvador é projetada para cair 20%, seguido de México (16%), Costa Rica (15%), Nicarágua (12%), Guatemala (8%). Entretanto, Honduras deverá recuperar 9% da produção com a entrada de produção de novas árvores.
Como resultado da menor produção, as exportações de café da América Latina e México deverão cair 900 mil sacas, para 14,4 milhões de sacas, prevê o USDA.
A produção da Colômbia é estimada em 10 milhões de sacas, aumento marginal ante a safra 2012/13. O USDA projeta que os embarques do grão vão aumentar em 900 mil sacas, para 9 milhões de sacas, enquanto as importações deverão se manter em alta, a 700 mil sacas.
Valor
16/12/201315h56
Os estoques finais de café em 2013/14 são estimados para continuar a crescer em países produtores, particularmente no Brasil e Vietnã, enquanto nos países consumidores continuam relativamente “estáveis”. É o que apontou o relatório sobre a commodity divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no início da noite de sexta-feira.
Os estoques globais estão crescendo ao longo dos últimos anos como resultado do produção mundial maior que o consumo.
A produção global de café na safra 2013/14 é projetada para 150,5 milhões de sacas, 2,8 milhões de sacas abaixo sobre o ano anterior diante da colheita recorde no Vietnã compensada pelos declínios nas produções do Brasil, Indonésia, México e América Central.
A produção mundial de café em 2012/13 foi revisada a partir da estimativa de junho, em 2,6 milhões de sacas, para 153,3 milhões. E os estoques mundiais finais em 2012/13 aumentaram em 3,5 milhões de sacas, para 33,8 milhões.
Um modesto aumento nas exportações mundiais no atual ciclo (2013/14) é esperado com fortes embarques do Vietnã e da Colômbia.
A produção brasileira em 2013/14 é estimada pelo USDA em 53,1 milhões de sacas, três milhões de sacas a menos que na temporada anterior, principalmente devido ao ciclo bienal das lavouras de arábica, que alternam ano de boa produtividade com outro de menor rendimento.
Após três anos de expansão, a colheita de robusta é projetada para declinar 1,1 milhão de sacas, para 13,9 milhões de sacas com chuvas irregulares combinadas com temperaturas mais baixas no Espírito Santo, Estado onde se concentra a produção brasileira desta espécie de café.
As exportações do grão são estimadas em cerca de 27,5 milhões de sacas, enquanto os estoques finais devem aumentar pelo segundo ano consecutivo.
De acordo com o USDA, a produção no Vietnã é prevista para um recorde de 28,5 milhões de sacas, duas milhões de sacas a mais ante a temporada anterior em função da maior produtividade das lavouras diante de clima favorável, bem como pelo aumento de área cultivada.
A área plantada no país continua a se expandir e provavelmente está acima de 625 mil hectares, apesar de o governo ter meta de reduzir a área para 500 mil hectares até 2020.
As vendas externas de café do Vietnã deverão aumentar em 900 mil sacas, para 24,5 milhões, enquanto o estoque final quase dobrará, para 3,8 milhões de sacas. O consumo do produto também deverá continuar crescendo, conforme o USDA.
A América Central e o México, responsáveis por um quinto da produção mundial de café arábica, deverão registrar um decréscimo na produção de 1,4 milhão de sacas, para 16,9 milhões de sacas em virtude do menor rendimento das lavouras por causa da ferrugem, doença provocada por um fungo.
A colheita em Salvador é projetada para cair 20%, seguido de México (16%), Costa Rica (15%), Nicarágua (12%), Guatemala (8%). Entretanto, Honduras deverá recuperar 9% da produção com a entrada de produção de novas árvores.
Como resultado da menor produção, as exportações de café da América Latina e México deverão cair 900 mil sacas, para 14,4 milhões de sacas, prevê o USDA.
A produção da Colômbia é estimada em 10 milhões de sacas, aumento marginal ante a safra 2012/13. O USDA projeta que os embarques do grão vão aumentar em 900 mil sacas, para 9 milhões de sacas, enquanto as importações deverão se manter em alta, a 700 mil sacas.