Por pressão de grupo ambientalista, três hotéis de Hong Kong suspenderam a oferta do Kopi Luwak, o café mais caro do mundo, feito a partir das fezes de civetas
São Paulo – Uma campanha feita pela Peta, organização que defende o tratamento ético aosanimais, na Ásia, culminou na retirada do café Kopi Luwak, dono da fama de mais caro do mundo, do menu exclusivíssimo de três grandes hotéis de luxo de Hong Kong.
De saída, a relação de causa e consequência, pode não parecer muito clara. Afinal, o que os direito dos animais tem haver com a produção de café? Em se tratando da bebida de nome exótico em questão, tudo.
O Kopi Luwak esconde traços de crueldade animal. Isso porque a produção da bebida – feita nas Filipinas e na Indonésia, a partir das fezes de um mamífero chamado civeta – tem forçado os animais a uma situação debilitante e que vem sendo denunciada por grupos de proteção aos animais, como a Peta.
Em muitos casos, os produtores confinam os civets em jaulas e os alimentam compulsoriamente a fim de garantir uma produção “em massa” dos grãos gourmet. Os grãos de café são extraídos das fezes do civeta e higienizados, conferindo um sabor suave e caramelizado, segundo seus apreciadores.
Segundo especialistas em café goumert ouvidos pelo jornal South China Morning Post, o quilo do Kopi Luwak pode chegar a custar US$ 400 nos Estados Unidos. A campanha da Peta, que começou em outubro, envolveu a publicação de relatórios com denúncias de crueldade aos animais e de registros em vídeo no Youtube e na mídia local (confira abaixo).
Os três hotéis que resolveram riscar o café do menu foram o Langham Hotel e o InterContinental Hotel, na cidade de Tsim Sha Tsui, e o Landmark Mandarin Oriental. Todos os porta-vozes dos três endereços disseram que os hotéis desconheciam a crueldade envolvida na produção do Kopi Luwak.
Exame.com