INPI concede registro de Indicação Geográfica para Região cafeeira da Alta Mogiana

21 de setembro de 2013 | Sem comentários Produção Sustentabilidade

INPI concede registro de Indicação Geográfica para regiões produtoras de café e melão


Publicado por: CGCOM
Última atualização em Quinta-feira, 19 de Setembro de 2013 09:30
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O INPI concedeu, nesta terça-feira, 17 de setembro, o registro de Indicação Geográfica para as regiões brasileiras de Alta Mogiana e Mossoró. A primeira, localizada ao norte do estado de São Paulo, é uma das regiões brasileiras mais tradicionais na atividade de produção de café, conhecida pela alta qualidade dos seus grãos. A segunda região, localizada no oeste do Estado do Rio Grande do Norte, é uma das maiores produtoras de melão, que está entre as frutas mais exportadas pelo Brasil.


A Indicação Geográfica (IG) atesta a procedência regional e a qualidade de um produto, garantindo proteção e diferenciação no mercado. O certificado garante maior credibilidade do produto junto ao mercado e, ao mesmo tempo, potencializa o seu valor comercial. Isso porque, ao delimitar a área de produção e restringir o uso do produto aos produtores da região (normalmente reunidos em entidades representativas), a IG ajuda a manter os padrões de qualidade do produto e impede que outras pessoas utilizem o nome da região em produtos ou serviços indevidamente.


Tanto a região de Alta Mogiana quanto a de Mossoró foram contempladas com o registro de Indicação de Procedência, que é uma modalidade de IG que se refere ao nome do local que se tornou conhecido por produzir, extrair ou fabricar determinado produto ou prestar determinado serviço.


Os registros conferidos pelo INPI às regiões de Alta Mogiana e Mossoró foram publicados na edição nº 2228 da Revista da Propriedade Industrial (RPI), em 17 de setembro de 2013. (Para acessar a publicação, clique aqui.)



Confira o certificado da Alta Mogiana:






Saiba mais sobre as duas regiões brasileiras que conquistaram a IG:



Alta Mogiana (SP)




A região de Alta Mogiana é uma das poucas do Brasil que produz cafés mais finos, conhecidos como cafés de bebida mole. Favorecida pela condição climática, a região produz café da espécie arábica, sendo as variedades mais cultivadas a Catuai e a Mundo Novo. Trata-se de cafés encorpados, talhados para o preparo expresso, de baixa acidez, adocicados, de prolongado retrogosto com notas suavemente achocolatadas.


Com o objetivo de resgatar uma tradição e transformar a região da Alta Mogiana em um pólo de referência e excelência em café, produtores locais, representados pela Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana, protocolaram junto ao INPI em 26 de setembro de 2007 a solicitação do reconhecimento da Indicação de Procedência Alta Mogiana para café. Para os produtores de cafés especiais da região, o certificado concedido pelo INPI agregará valor e permitirá um melhor posicionamento competitivo do produto, já que o mesmo passará a ser diferenciado e mais valorizado tanto no mercado interno quanto no externo.


O registro da região de Alta Mogiana abrange os municípios de Pedregulho, Franca, Cristais Paulista, Altinópolis, Batatais, Jeriquara, Patrocínio Paulista, Rifaina, Restinga, São José da Bela Vista, Itirapuã e Ribeirão Corrente. O nome Alta Mogiana está relacionado à presença dos trilhos da Cia Mogiana de Estradas de Ferro e Navegação, o que foi fundamental para o desenvolvimento da cafeicultura na região. A fama de seu café rendeu considerável geração de divisas para o estado, inclusive durante a crise de 1929, situação intensificada até o final da década de 50, respondendo por parcela expressiva da renda total gerada no setor agropecuário.

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