Japonesa Marubeni pode comprar participação de Eike na antiga MPX

17 de setembro de 2013 | Sem comentários Comércio Empresas
Por: Estado de Minas

Depois de perder a marca registrada do empresário Eike Batista ao mudar de nome na semana passada  a antiga MPX que agora se chama Eneva, está prestes a perder também o próprio Eike, Segundo fontes de mercado  ele está em negociações avançadas para vender sua participação e deixar definitivamente a companhia de geração e comercialização de energia. São três os investidores interessados em comprar as ações de Eike: a trading japonesa Marubeni, o fundo de pensão do setor público canadense CPP e o fundo australiano de infraestrutura IFM.


A proposta mais agressiva veio dos japoneses da Marubeni multinacional que opera no Brasil desde a década de 1950 e atua em diversos setores, como o de siderurgia* químico, de máquinas e exportação de grãos. Entre as suas subsidiárias no País está a Companhia Iguaçu de café Solúvel Procurado, o vice-presidente da Marubeni no Brasil, Aki-hiro Fukuda, disse que não podia comentar as transações com a Eneva”. A empresa afirmou por meio de nota, que “não há  ualquer documento assinado até o momento”.


Do lado de Eike Batista quem está conduzindo as negociações é o banco BTG. Os alemães da E.ON, assessorados pelo Goldman Sachs terão papel decisivo na venda das ações de Eike Batista, já que eles é que ganharão um novo sócio. Uma fonte próxima à multinacional disse que ela entregou ao Goldman uma lista com empresas “proibidas”, para quem Eike não pode vender sua fatia. Entre elas, está a gigante francesa GDF Suez concorrente dos alemães.


Em maio, a E.ON, que já era acionista da MPX, comprou uma participação de 24,5% por R$ 1,4 bilhão, passando a deter uma fatia de 36,2% da companhia de energia. O acordo previa um aumento de capital de R$ 800 milhões que foi homologado ontem. Ao fim desta operação* os alemães ficaram com 37,9% do capital da Eneva e Eike teve sua participação reduzida para 23,9%. Segundo o comunicado divulgado ontem, o acordo de acionistas entre a E.ON e Eike permanece vigente e não foi afetado pelo aumento de capital.


A venda da participação do empresário, prevista para ocorrer nas próximas semanas, interessa particularmente aos minoritários da antiga MPX. A alienação do controle dispara o que é conhecido no mercado financeiro por “tag along”, um mecanismo de proteção aos acionistas minoritários. “É um direito que ele tem de participar da venda do controle”, explica o advogado Raphaei Martins, sócio do escritório Faoro & Fucci Advogados. Com essa operação, o minoritário pode vender suas ações para o novo controlador.


Isso não aconteceu, em maio quando a E.ON aumentou sua participação na empresa, porque o acordo de acionistas previu que Eike continuaria no controle mesmo com uma fatia menor. “É uma situação complicada para o minoritário, porque a legislação não é muito clara sobre o que caracteriza o “tag along” nesse caso”, diz Martins.


 No último domingo, Eike Batista também finalizou o acordo para venda da LLXempresa responsável pelo projeto do Porto do Açu, no norte fluminense* para o fundo americano EIG Holdings. O acordo prevê o investimento de até R$ 1,3 bilhão por meio de uma operação de aumento de capital social.


O novo controlador da LLX atua no setor de energia e infraestrutura com projetos que movimentam US$ 12,8 bilhões.


 

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