COTAÇÃO DO CAFÉ – N.Y. encerraram a quinta-feira com leve queda

As operações em N.Y. encerraram a quinta-feira com leve queda, a posição dezembro oscilou entre a máxima de +0,35 pontos e mínima de -1,65 fechando com -0,80 pts.

No mercado cambial o dólar seguiu a tendência de valorização vista no mercado internacional e encerrou a sessão em alta de 1,36% ante o real, cotado na máxima de R$ 2,3780 no comercial. O avanço também reflete um movimento de ajuste em relação à queda vista na véspera, quando a divisa recuou 1,05% no balcão. O anúncio da revisão para cima da projeção de crescimento do PIB dos Estados Unidos no segundo trimestre torna cada vez mais iminente a retirada dos estímulos por parte do Federal Reserve, o que impulsionou o dólar ante as principais moedas globais desde cedo.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deve divulgar na próxima terça-feira (3) o aviso do leilão de contratos de opções de venda de café. A informação foi dada hoje no período da tarde pelo presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), deputado federal Silas Brasileiro (PMDB/MG), ao final da reunião do Conselho Nacional da Política do Café (CDPC), que reuniu os representantes dos diversos segmentos do setor no Ministério da Agricultura. Ele afirmou que serão ofertados contratos para comercialização de 3 milhões de sacas de café, ao preço de R$ 343/saca, com vencimento em março do próximo ano. Silas afirmou que havia dúvidas no mercado em relação à realização dos leilões de opções, “mas a presidente Dilma Rousseff bancou a proposta, que se tornou realidade”. Ele disse que as opções serão importantes para balizar o mercado, “porque se acrescentar sacaria e tributação o preço vai chegar próximo a R$ 350/saca”. O leilão deve ser realizado na próxima semana, antes do seminário de comemoração do Centenário da Organização Internacional do Café (OIC), que será realizada entre 9 a 13 de setembro em Belo Horizonte. O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, José Gerardo Fontelles, que responde interinamente pela Secretaria de Produção e Agroenergia, afirmou que os recursos do Fundo de Defesa Cafeeira (Funcafé) para financiar colheita, estocagem e comercialização do café já estão disponíveis. “Só faltava definir as opções”, diz ele. Questionado se as medidas adotadas pelo governo serão suficientes para estancar a queda de preços do café, Fontelles afirmou que em termos de mercado interno deve haver uma reação das cotações, por causa do escalonamento da oferta que deve ocorrer com a tomada de crédito pelo setor. Em relação ao mercado internacional ele observa que houve uma mudança nos blends, com maior utilização do café robusta em detrimento da variedade arábica. “Como os maiores produtores de robusta, como Vietnã e Indonésia, não têm as exigências sociais que o Brasil, os preços são mais baixos”, diz ele. As informações são da Agência Estado.