CAFÉ: PREÇOS VOLTAM A CEDER NO MERCADO INTERNACIONAL

Coluna Semanal

Por: Agência SAFRAS

Semana entre 13 e 17 de março

O mercado internacional de café voltou a ter uma semana negativa. As cotações acabaram caindo no balanço semanal na Bolsa de Nova Iorque (principal termômetro mundial da commodity), diante de fatores técnicos e da aproximação da colheita da safra nova no Brasil. Assim, mesmo com o momento sendo de aperto na oferta, o mercado se dirige ao território negativo. O final do inverno no Hemisfério Norte é outro fator negativo, porque acaba passando o período de maior força de consumo nos países que são grandes consumidores da bebida.

Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, o mercado começa a ceder pela proximidade da entrada da safra no Brasil, o que estimula movimentos de realização de lucros e de liquidação de posições na Bolsa de Nova Iorque. Além disso, Barabach lembra que os preços da commodity estão no momento em patamares historicamente elevados. O que poderia reverter esse movimento negativo agora seria um mercado especulando com o clima frio no Brasil a partir de maio, junho, porque sempre há grandes temores de geadas no país e dos efeitos que elas trazem nas safras seguintes. Também sempre existe a possibilidade de movimentos de alta ou de baixa técnicos no meio do caminho.

No balanço da semana, a Bolsa de Nova Iorque fechou nesta última quinta-feira (16) com o contrato maio a 106,95 centavos de dólar por libra-peso, o que representa uma queda de 1,65% na comparação com a quinta-feira anterior (09), quando o mercado fechou a 108,75 cents/lb.

No mercado físico brasileiro as cotações também recuaram, seguindo Nova Iorque e o dólar fraco, embora a postura defensiva do produtor tenha evitado um movimento maior de retração. Os produtores estão ainda esperando por alguma reação no mercado externo antes da entrada da safra brasileira, baseados na oferta curta ainda de entressafra. No entanto, o analista de SAFRAS lembra que a colheita está cada vez mais próxima e que os produtores deveriam diluir riscos, vendendo parte de sua oferta no mercado físico e/ou futuro.

Nesta última quinta-feira (16), o produtor já mostrou estar mais desanimado em relação à possibilidade de uma recuperação antes da entrada da safra e teme que os preços possam cair mais quando a colheita iniciar. No Espírito Santo, a colheita já está ocorrendo precocemente, com alguns produtores, assim como em Rondônia, o que preocupa ainda mais em termos de pressão no curto prazo com entrada da safra nova.

No balanço da semana, o mercado físico terminou essa quinta-feira (16) com o café bebida boa no sul de Minas Gerais a R$ 245,00/250,00 a saca, quando na quinta-feira (09) anterior o preço era de R$ 260,00/265,00.

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