AGRONEGÓCIOS
Cenário: Angelo Ikeda
A apreciação do dólar, que atingiu o nível mais alto ante o real desde março de 2009, derrubou as cotações futuras do açúcar bruto e do café arábica ontem na Bolsa de Nova York. O contrato do açúcar com vencimento em outubro caiu 0,35% e fechou a 17,19 centavos de dólar por libra-peso, enquanto o café para dezembro perdeu 0,5%, a 121,85 centavos de dólar por libra-peso. Um real mais fraco estimula exportações brasileiras, pois os produtores recebem mais. Como o Brasil é o maior produtor global das commodities, essas vendas acabam afetando os preços internacionais.
O algodão avançou 0,3% e fechou no patamar mais alto em cinco meses, refletindo a expectativa de uma safra pequena este ano nos Estados Unidos. Na segunda-feira, o governo norte-americano informou que a produção da fibra em 2013 provavelmente será a menor em quatro anos. Além disso, a seca no Texas e o excesso de chuvas em parte do sudeste do país atrasaram o plantio – isso significa que não haverá algodão disponível na época em que normalmente se iniciaria a colheita.
Na Bolsa de Chicago, o milho subiu 3,7% e a soja, 2,1%, impulsionados por preocupações com o clima nos EUA e por dados semanais que mostraram exportações robustas dos dois grãos. O mercado também recebeu suporte de números preliminares de plantio divulgados pelo governo. De acordo com esses dados, a área que os produtores nos EUA deixaram de semear com milho e soja foi maior do que a prevista devido à primavera chuvosa.
14,2%
é a queda acumulada pelo açúcar na Bolsa de Nova York em 2013