O mercado físico interno de café apresentou preços médios mais baixos no mês de maio, refletindo a proximidade da entrada da safra brasileira. Apesar de excessiva oscilação, o segundo contrato de café arábica na ICE Futures encerrou maio ao preço médio de 182,93 em sacas de 60 kg (138,29 centavos de dólar por libra-peso), praticamente sem alterações na comparação com abril, com desvalorização de 0,16%. Já o dólar ganhou valor frente á moeda brasileira. O dólar comercial foi cotado ao preço médio de R$ 2,0377, alta de 1,78 % contra o mês anterior.
Segundo levantamento de Safras & Mercado, o arábica de bebida dura tipo 6 do Sul de Minas Gerais encerrou no mês de maio com preço médio de R$ 301,24 a saca de 60 quilos, queda de 1% em relação a abril, quando trocava de mãos a R$ 304,27 a saca. Forte oscilação entre R$ 283 a R$ 318 a saca. Em divisa norte-americana, o arábica sul-mineiro recuou 2,73%, com a saca da bebida negociada a US$ 147,83 em maio.
O café arábica encerrou maio com preço médio de R$ 301,24/saca
Dentro da mesma linha, a bebida mais fina do Cerrado mineiro obteve preço médio de R$ 308,71 a saca de 60 quilos em maio, com perda de 0,92% em relação a abril, quando foi negociada a R$ 311,59 a saca. Na comparação com o mesmo período de 2012, a desvalorização da bebida em reais foi de 21,48% quando era vendida a R$ 393,18 a saca. Em dólar, a bebida acumulou queda de 2,65%, cotada a US$ 151,50 a saca.
As demais bebidas permaneceram pouco alteradas, refletindo o momento de incerteza dos agentes diante da forte instabilidade da bebida. O café Rio tipo 7 da Zona da Mata de Minas Gerais ficou perto da estabilidade, com leve alta de 0,03%, cotado a R$ 275,52 a saca em maio. Em dólar, o Rio trocou de mãos a US$ 135,22 a saca, desvalorização de 1,72%. A bebida reduz ainda mais a desvantagem aos cafés do Grupo 1 (duro e fino).
O conillon subiu 0,59% negociado a R$ 249,14 a saca em maio, em média. Atraso na colheita, retração vendedora e perspectiva de menor safra de conillon na comparação com o ano passado deram sustentação para esta qualidade.
Já o arábica duro com 600 defeitos destinado ao consumo interno caiu 2,47% em maio contra abril, na acompanhando os cafés de exportação. Não se ressente da carência de oferta, como aconteceu no ano passado e a demanda da indústria demonstra tranqüilidade. O preço médio da saca desse café ficou em R$ 269,76 em maio.