Café : Somar destaca granizos em áreas produtoras causando perdas

05/06/2013  Café da terra

A passagem de uma frente fria sobre as regiões cafeeiras de Minas Gerais nessa última semana levou chuvas fortes, seguidas de fortes rajadas de ventos e até queda de granizo em várias localidades, sendo que em Itamogi, no sul de MG, a chuva de granizo provocou perdas em mais de 500 hectares de café da região.


Além de itamogi, houve registros de queda de granizo também em Araguari e Araxá, onde em algumas propriedades as perdas no café superaram os 80%. Contudo, essas perdas são pontuais e não geram reduções na produção estadual, apenas gera prejuízos significativos aos donos desses cafezais afetados. As informações partem do balanço agrometeorológico semanal da Somar Meteorologia.


Segundo a Somar, além do granizo, as fortes rajadas de ventos provocaram a queda prematura dos grãos que estavam em fase de maturação e isso gera quebra na qualidade desses grãos e, muitas vezes, quebras também nos índices
de produtividade. Mas, os maiores prejudicados pela ocorrência dessas chuvas foram os produtores que estavam realizando a colheita, colocou a Somar. Pois, com 5% das áreas colhidas em Minas Gerais e 6% em São Paulo, o tempo fechado e chuvoso da semana passada levou à paralisação total dessa atividade e, além disso, à secagem dos grãos também ficou prejudicada, sendo que aqueles cafés que estavam ainda no terreiro tiveram sua qualidade prejudicada por causa  desse excesso de umidade sobre eles, indicou a Somar.


Mas, por outro lado, diz a Somar, essas mesmas chuvas colaboraram para a elevação dos níveis de umidade do solo que estavam bastante baixos, por causa da estiagem que já durava mais de 35 dias e, dessa forma, as condições ao
desenvolvimento das plantas melhoraram muito e deverão permanecer assim ao longo de toda essa primeira quinzena de junho, já que em muitas regiões esses níveis de umidade estão acima dos 80%, ressaltou.


Para esses próximos dias, segundo a Somar, não há previsão de chuvas para nenhuma região produtora de café do Brasil, pois uma massa de ar seco e frio avança sobre toda a Região Sudeste, impossibilitando a formação de nuvens de chuvas e com isso as condições para a realização da colheita e demais atividades de campo permanecerão favoráveis. Com relação às temperaturas, não há indicativos para ocorrência de temperaturas muito baixas que possam a vir causar geadas ou até mesmo danos aos cafezais, colocou.


Essas temperaturas, de acordo com a Somar, manterão o padrão do outono,  ou seja, temperaturas mais amenas ao longo da noite e temperaturas mais elevadas durante o dia. E as chuvas só deverão retornar às regiões cafeeiras na
segunda quinzena de junho, estima a Somar.


Fonte : Safras & Mercado

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