Ministro da Agricultura diz que preço mínimo do café é suficiente

Por: Coffeebreak

20/05/2013 
 

Antônio Andrade esteve em Piumhi para o encerramento da 11ª Roda de Agronegócios. 
 

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Antônio Andrade, esteve em Piumhi para o encerramento da 11ª edição da Roda de Agronegócios, na sexta-feira (17), onde falou que o preço mínimo do café, fixado em R$ 307, é “suficiente” e que a presidente Dilma “tem demonstrado um carinho muito grande com o agronegócio de um modo em geral”.


Ele justificou que o Mapa fixou o preço mínimo em R$ 307 porque a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que inicialmente trabalhava com valor em torno de R$ 340, “fez uma revisão neste número. Em um primeiro momento a Conab cotou um preço que não era a realidade, então recalculou todos os preços, levou em consideração os valores de todo o país de um modo em geral e chegou ao valor de R$ 304. Nós do Ministério é que colocamos os R$ 307, ou seja, acima do valor da Conab. O café, que estava caindo de preço, reagiu; isso foi prova de que esse valor do mínimo foi positivo. O café, que chegou a R$ 280 a saca, agora está sendo vendido a R$ 320, é a demonstração de como o preço mínimo tem o poder de estancar a queda que estava existindo, recuperou os preços e o mais importante é que este preço mínimo já está valendo para a safra atual”.


O ministro Antônio Andrade afirmou que a presidente Dilma tem tido grande carinho com o agronegócio brasileiro. “Para se ter um ideia, o preço mínimo do café estava desde 2009 em R$ 261 e subiu para R$ 307. O preço inicialmente calculado de uma forma errada era de R$ 336 e estaria valendo apenas a partir de setembro. O novo mínimo já está valendo e ainda prorrogamos a dívida que vencia em 30 de abril para 30 de junho e alongamos, pois era para 50% serem pagos e agora serão pagos 1/12 avos ao mês. Isso cria uma estabilidade no comércio, cria uma oferta constante ao longo dos 12 meses”, argumentou o ministro.


Resposta do produtor


O presidente da Cooparaiso, atual secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, Carlos Melles, disse que o produtor tem dado provas “de como é competente nas mais diversas atividades do agronegócio. A presença do ministro na Roda de Agronegócios de Piumhi demonstra compromisso em um momento em que o produtor de café atravessa uma safra sem nenhum tostão, com um preço mínimo muito aquém da realidade, sem dinheiro para a colheita e para a comercialização, sem programa de opção e de escoamento da produção, sem prêmios para venda futura e relação de troca, ou seja, tudo isso é muito grave. São fatores que vão deprimir novamente o preço e o produtor vai jogar mais uma safra fora”, pontuou Carlos Melles.


O presidente da Cooparaiso afirmou ainda que “tais fatores trazem distorções que colocam produtores, cooperativas e sindicatos vulneráveis. O produtor rural é um valente que venceu os desafios da produtividade e da qualidade. No mundo inteiro o produtor rural é subsidiado. O atual governo brasileiro tem uma miopia pungente”, enfatizou o secretário.


A 11ª Roda de Agronegócios de Piumhi teve três dias de duração com vendas de maquinário, insumos em geral e oferta de linhas de crédito especiais por parte dos bancos e agentes financeiros, o que não foi suficiente para atrair o público – o produtor rural de uma das regiões onde a cafeicultura é bastante tradicional, o que se traduz no momento de crise relatado por Carlos Melles.


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