Fazenda e Agricultura definem medidas para o setor de cafeicultura

22/04/2013 
  

Os representantes dos ministérios da Fazenda e da Agricultura se reúnem na terça-feira, 23, para definir as medidas de apoio à cafeicultura, com o objetivo de dar sustentação aos preços da safra 2013/14, que começa a ser colhida em maio. Os preços do café acumulam queda de 11% desde dezembro, pressionados pela perspectiva de safra recorde no Brasil, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) entre 46,978 milhões de sacas e 50,160 milhões de sacas.


A expectativa do setor privado é que as propostas sejam definidas pelo governo federal a tempo de serem votadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) na reunião mensal prevista para quinta-feira, 25. A principal medida diz respeito ao aumento do preço mínimo de garantia do café, que atualmente é de R$ 261,69/saca. O Ministério da Agricultura propôs reajuste para R$ 340/saca, levando em conta os cálculos sobre o custos de produção feitos pela Conab.


O governo também deve decidir sobre o montante de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) que será destinado ao financiamento do custeio, colheita e comercialização do café, inclusive estocagem. Os valores programados, que na safra atual somam R$ 2,7 bilhões, devem aumentar para R$ 3,1 bilhões no ano agrícola que começa em julho deste ano e termina em junho de 2014. Até dezembro o governo já havia liberado R$ 2 bilhões dos R$ 2,7 bilhões programados até junho deste ano.


Uma das mudanças que estão sendo analisadas pelo governo diz respeito à linha Financiamento para Aquisição de Café (FAC), destinada a financiar a compra da matéria-prima por parte das cooperativas, torrefadoras e exportadores de café. Atualmente a FAC só financia a compra de café por valores acima do preço mínimo de garantia. A ideia do governo é retirar a restrição na compra, mas exigir que o produto seja vendido somente acima do preço mínimo.

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