BRASÍLIA. A manutenção das restrições às compras de carnes do Brasil, devido à existência de focos de febre aftosa no Paraná e em São Paulo, acabou se transformando em um fator insignificante na balança comercial do agronegócio. Segundo o Ministério da Agricultura, no mês passado houve superávit de US$ 2,443 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 2,887 bilhões e importações de US$ 443,6 milhões.
As vendas externas subiram 3,8% em relação a fevereiro de 2005. Entre os produtos que mais contribuíram para essa receita estão fumo (22,4%), papel e celulose (18,3%), couros (15%), café (14%) e carnes bovina, suína e de frango (6%).
Confirmando tendência já verificada em fevereiro na balança comercial global, as importações cresceram a uma taxa maior, de 15,4%. Os destaques são insumos, fertilizantes e defensivos agrícolas. Mesmo assim, tanto as compras externas como as exportações e o saldo bateram recordes históricos para meses de fevereiro.
As exportações de carnes passaram de US$ 527 milhões em fevereiro de 2005 para US$ 559 milhões em fevereiro de 2006. As receitas com as vendas externas de carne bovina in natura aumentaram 10% e a quantidade exportada cresceu 13,7%.
Em volume, houve uma redução de 9,7% das vendas de carne de frango. Porém, em valores foi registrado um acréscimo de 2,6%. (Eliane Oliveira)