09/04/2013
Cenário: Angelo Ikeda
Um aumento de dois dígitos nas exportações do Brasil e da Colômbia em março derrubou os preços futuros do café arábica ontem na Bolsa de Nova York.
O contrato com vencimento em maio caiu 3%, a 135,90 centavos de dólar por libra-peso, o nível mais baixo em duas semanas. Os embarques mais volumosos dos dois países – responsáveis por mais de um terço da produção mundial de café – estão ajudando a compensar a safra menor na América Central e no México, onde um surto de ferrugem vem causando sérios danos aos cafezais.
Segundo a Organização Internacional do Café (OIC), a doença deve reduzir a safra 2012/13 da América Central em 2,3 milhões de sacas.
Ainda em NY, o cacau avançou 2,5% devido a preocupações coma safra intermediária na África Ocidental, de onde vêm mais de dois terços de todo o cacau consumido no mundo. Analistas acreditam que o clima seco verificado nos últimos meses pode resultar em uma safra menor e de qualidade inferior.
Na Bolsa de Chicago, as cotações futuras de grãos fecharam em alta, após a forte desvalorização acumulada na semana passada. A soja (+1,19%) e o milho (+0,72%) foram beneficiados principalmente pelos preços baixos, que atraíram compradores. Investidores buscaram também reduzir suas apostas na queda das cotações, já que um relatório do governo americano que sai na quarta-feira pode trazer novidades para impulsionar o mercado. O trigo subiu 1,93%, com a notícia de que a China fez uma compra volumosa do grão dos Estados Unidos na semana passada.