Greve dos cafeicultores colombianos, revoltados com a queda dos preços do café, está se aproximando de uma solução, diz governo

O ministro da Agricultura colombiano, Juan Camilo Restrepo, afirmou nesta quinta-feira que a greve de cafeicultores, revoltados com a queda dos preços do café, está se aproximando de uma solução. Restrepo ponderou, no entanto, que negociadores dos dois lados ainda precisam chegar a um acordo sobre a questão dos subsídios.


A paralisação já dura duas semanas. “Há otimismo moderado do que hoje chegaremos a um acordo”, disse o ministro à Rádio Caracol. “Agora é uma questão de horas, não de dias.” Produtores de café, entretanto, disseram que desejam encerrar a greve e voltar ao trabalho, mas somente se o governo oferecer subsídios que lhes possibilitem parar de perder dinheiro com o café que produzem. “Eu não posso mais garantir meu sustento”, afirmou Tiberio Nieto, dono de uma propriedade de ca fé de 30 acres no sul do estado de Huila. “E os subsídios que estão oferecendo até agora não corrigem isso.” Cerca de 570 mil famílias colombianas se sustentam com a produção de café, e a Colômbia está entre os maiores exportadores mundiais da commodity.


Milhares de produtores começaram os protestos no início da semana passada, dizendo que os subsídios do governo são insuficientes para compensar o recuo dos preços globais. Algumas manifestações se tornaram violentas, e muitos agricultores montaram bloqueios de rodovias que levaram à escassez de alimentos e combustível em muitas cidades menores. Segundo Tiberio, os custos de produção para uma saca de café, incluindo trabalho, inseticidas e outros custos, chegam a R$ 300.


Na quarta-feira, o preço de mercado de um saca estava em US$ 284. Assim, incluindo o subsídio já existente de US$ 63, ele obteve! US$ 47 sobre os custos de produção. “O problema, porém, é que os preços podem continuar caindo. O que nós precisamos é uma promessa do governo de que fixará um preço mínimo”, afirmou Tibério. Os manifestantes defendem que o governo colombiano deveria garantir aos agricultores, pelo menos, entre US$ 360 e US$ 415 por saca. Mas o governo disse que não criará um preço mínimo.


O ministro da Agricultura afirmou que os negociadores que representam os produtores de café indicaram disposição, na noite de quarta-feira, de desistir da demanda de preço mínimo, o que, segundo ele, poderia significar que o valor do subsídio é o que falta ser decidido. O ministro disse que os agricultores pedem subsídio de cerca de US$ 100 por saca, enquanto o governo oferece a elevação do valor para até US$ 72 por saca, ant e os atuais US$ 63. As informações são da Dow Jones. 


 

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