COTAÇÃO DO CAFÉ – Café na bolsa de NY recuperou boa parte da queda registrada ontem.

N.Y. recuperou boa parte da queda registrada ontem. Nesta terça-feira a posição março operou entre a mínima de -0,25 e máxima de +3,25 pontos, fechando com +2,50.

As declarações de representantes do Banco Central sobre câmbio hoje foram intensas e fez o dólar encerrar os trabalhos com leve alta de 0,10%. No final do dia, o Banco Central anunciou leilão de venda de dólar com recompra. Pelo fato de que o dólar spot já estava fechado, a reação ficou concentrada no dólar futuro. O leilão de linha, como tal modalidade é conhecida, está ligado ao fornecimento de liquidez e às correntes comerciais. Amanhã, o BC fará dois leilões de venda conjugada com recompra. As operações serão de até US$ 1,5 bilhão, distribuídos entre os dois leilões.
O economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, considera que os comentários do BC hoje tentam diminuir o mal-estar dos agentes quanto às políticas adotadas. “A comunicação é para desmentir verdades que o próprio mercado encontrou”, observou, por exemplo, em relação à percepção que se espalhou depois do PIB enfraquecido no terceiro trimestre do ano. Na ocasião, a divulgação e declarações de membros do governo geraram o entendimento no mercado de que a administração federal desejaria um real mais depreciado para estimular a economia.

A Organização Internacional de Café (OIC) estima que a colheita mundial do grão em 2012/13 crescerá 8,4% frente ao ano-safra anterior devido ao ciclo de alta produção no Brasil, atingindo 146 milhões de sacas de 60 quilos cada. A organização informou que uma forte produção também é esperada em vários outros países exportadores. A safra global de café arábica é projetada pela entidade em cerca de 90 milhões de sacas, um volume 11% maior que o verificado em 2011/12.
A OIC acrescentou que a produção mundial do tipo robusta em 2012/13 deve aumentar 5,1% na comparação anual, somando aproximadamente 56 milhões de sacas, apesar da expectativa de queda de 8,6% na colheita vietnamita.
De acordo com a entidade, o consumo global continua firme, com um significativo potencial de demanda em países exportadores e mercados emergentes, enquanto os estoques nas nações importadores seguem em patamares razoavelmente baixos. As informações são da Dow Jones.

No ano passado, aos países árabes importaram cerca de US$ 214 milhões no valor de café do Brasil, aumento de quase 36 por cento em 2010, de acordo com estatísticas da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira de Comércio. A tendência continuou no primeiro semestre deste ano, embora o ritmo mais lento. Nos primeiros seis meses de 2012, os países de toda a região árabe importou US $ 106,7 milhões do café brasileiro, um aumento de apenas 1,5 por cento em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com novos dados divulgados pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil. O Brasil exportou um total de 526.464 sacas de café para vários mercados da região, de janeiro a junho deste ano. “Exportadores brasileiros de café estão in tensificando esforços para satisfazer as preferências e necessidades dos consumidores da região árabe, onde o café sempre foi uma bebida muito popular”, disse Michel Alaby, secretário-geral e chefe-executivo da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira de Comércio. Ele acrescentou que o aumento da receita no primeiro semestre do ano é um “forte indício” de que as relações estão indo na direção certa. “Nesse sentido, a Câmara Árabe-Brasileira de Comércio continua firmemente empenhada em fornecer suporte estratégico para expandir a quota de mercado dos exportadores brasileiros de café no lucrativo mercado árabe”.