Havana, 2 de Março de 2006 – Novas marcas de bebidas estão em feira de Cuba como acompanhamentos premium do habano. O Havana Club Máximo, o rum cubano extra-envelhecido, mais os cafés Montecristo Deleggend e Cohiba Atmosphere – todos recentes no mercado – são os novos “amigos” de luxo do habano, o famoso charuto cubano. Embalada em veludo vermelho e acondicionada em um estojo de carvalho branco, a garrafa de vidro é soprada à mão por um artesão francês.
A marca de rum remonta a mais de cem anos, mas sua comercialização só começou no final de 2005, quando pelo menos cem garrafas elaboradas anualmente começaram a aparecer em mercados exclusivos da Alemanha, da França e da Espanha. Como produto seletivo, seu preço médio nestes países equivale a US$ 1,3 mil a unidade, e os seus fabricantes do Havana Club Internacional esperam propostas de outros produtos de luxo, como o habano.
“O Máximo integra todas as características tradicionais dos runs Havana Club: complexidade, suavidade e intensidade – levando-as à nova dimensão”, gabou-se seu criador, José Navarro, primeiro mestre em rum da ilha. Ramsés Villar, representante do Havana Club encarregado da apresentação do Máximo na Feira Internacional do Habano, que abriu suas portas ontem, disse à AFP: “Mais que um produto comercial, o mestre Don José Navarro quis homenagear todos os mestres ‘runeiros’ de toda a história de Cuba”.
Sóbrio, elegante, o Máximo se apresenta em garrafas numeradas e com o seu certificado de autenticidade, cujos números de decantador e de identificação pessoal permitem ao comprador ingressar na exclusiva Sociedade Máximo. “O Máximo extra-envelhecido é uma síntese de arte, ciência, magia e talento na mescla e no envelhecimento que distinguem o Havana Club de todos os outros runs”, garantiu o mestre Navarro.
Os outros dois “amigos” cubanos de luxo que acompanham o habano em sua feira são os dois cafés Montecristo Deleggend e Cohiba Atmosphere. Ambos são elaborados com grãos escolhidos dentro de uma variedade da Habanos S.A. para poder receber a tarjeta classificatória de “puros”, a exemplo dos charutos cubanos.
Os dois cafés são destinados a um segmento específico do mercado: os fumantes de Cohiba e Montecristo, já que seu sabor e seu aroma específicos estão estreitamente relacionados, disseram à AFP os seus promotores. O Cohiba Atmosphere, cujo preço internacional é de ? 28 o pacote de 250 gramas, procede da zona de Nicho, reserva natural da biosfera encravada no maciço montanhoso de Guamuhaya, na Serra de Escambray, centro-sul de Cuba. Seus fabricantes o descrevem como “um gourmet dotado de muita fragrância e aroma, excelentemente encorpado e de boa acidez”.
Já o Montecristo Deleggend, cotado ao preço de ? 22 o pacote de 250 gramas, é originário da zona de Alto La Meseta, na Sierra Maestra, sudeste de Cuba, a mesma cadeia de montanhas onde o presidente Fidel Castro travou entre 1957 e 1958 luta guerrilheira que provocou a queda da ditadura de Fulgêncio Batista. “É café muito aromático, de sabor intenso e balanceado, bastante encorpado e com boa acidez”, afirmam os seus fabricantes.
Mas nenhum dos produtos aspira o trono ocupado pelo habano há nada mais, nada menos que 500 anos – o que o situa como o melhor tabaco do mundo. O extra-envelhecido Máximo e os dois cafés já se contentam em estar com sorte.