Cultura do café depende de investimento em modernização

15 de outubro de 2012 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: Folhas de Londrina

13/10/2012 
  
 
O presidente do Sindicato Rural de Apucarana, Jorge Nishikawa, também acompanhou o declínio da cafeicultura. Em 2010, após enfrentar anos de preços baixos e elevado custo de produção, o agricultor erradicou 17 mil pés de café, dos 100 mil que mantinha em sua propriedade desde 1985. Ao observar que as dificuldades eram enfrentadas por vários cafeicultores, Nishikawa, se uniu a outros representantes do setor para solicitar ações governamentais de apoio à cafeicultura paranaense. ”Quando falamos em erradicação parcial do café do Paraná, chamamos a atenção do Ministério da Agricultura. Acredito que com o Plano conseguiremos estancar esse movimento, mas é preciso um programa sério, com levantamento real da situação e definição de ações”, avalia.


Nishikawa sugere a união em ”condomínios” de cafeicultores para aquisição conjunta de maquinários, de forma a atender o perfil paranaense de pequenos produtores. ”A cafeicultura tem muita história no Paraná e não pode ser apagada dessa forma. A modernização é necessária para manutenção da atividade”, comenta.


”A falta de mão de obra é o principal motivo apontado pelos produtores para não ampliação de área de café ou até para o abandono da atividade”, alerta Paulo Franzini, gerente do Deral de Apucarana. Apesar da dificuldade de acesso dos pequenos produtores, Franzini afirma que a indústria tem desenvolvido um número cada vez maior de maquinários adaptados às pequenas propriedades e linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) têm auxiliado agricultores na aquisição de colheitadeiras.


O gerente do Deral orienta que a manutenção das lavouras precisa ser uma ação regular nos cafezais para qua a atividade se mantenha viável. ”A renovação é um processo contínuo na cafeicultura e deve ser feita todos os anos para que o produtor não enfrente dificuldade. A boa condução da lavoura também é essencial”, ressalta. Franzini lembra que o Plano atua em várias frentes, entre elas o endividamento dos produtores, a renovação das lavouras, a extensão rural e a análise de solos, com o intuito de aumentar o potencial produtivo dos cafezais. ”O produtor deve investir no solo para que a lavoura seja produtiva e, dessa forma, lucrativa também”, esclarece. 

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